O DESAFIO DE REALIZAR A ESTRATÉGIA CORPORATIVA
(VIOTTI; Luiz Eduardo)
O desafio de realizar a estratégia corporativaSobreviver e, ainda, assegurar o futuro, em um ambiente competitivo cada dia mais dinâmico e complexo, é o grande desafio dos líderes empresariais desta nova era. Em um contexto no qual a sustentabilidade dos negócios estende-se além das questões econômicas tradicionais e fundamenta-se nos aspectos de responsabilidade social e ambiental, sob novas obrigações e exigências cada vez mais severas e abrangentes, não é difícil aceitarmos a justificativa de que é quase impossível pensar no futuro das organizações e que sobreviver já seria uma grande conquista. Entretanto, esse quadro leva a maioria das organizações a adotar uma postura reativa, que consiste, basicamente, em promover a adequação rápida de suas operações às novas regras e obrigações que lhes são impostas. Poucas são as organizações que reconhecem e praticam seu papel influenciador e transformador, criando o próprio futuro e o do setor em que atuam. Para pensar no futuro das organizações e promovê-los, segundo Ram Charan, um dos grandes especialistas do tema na atualidade, é necessária a combinação de visão, boa estratégia, pessoal adequado e um plano operacional que alinhe todos esses componentes. Isso mesmo: um plano detalhado que oriente as ações da organização em uma única direção. Preparação prévia Muitas estratégias empresariais se frustram ou não se concretizam pelo simples fato de que a organização não estava devidamente preparada ou capacitada para executá-las. Para que fossem ótimas estratégias, deveriam ter considerado as capacidades da organização de colocá-las em prática. Afinal, uma boa idéia não é aquela que simplesmente voa alto, mas sim a que possui trem de pouso para poder aterrar em seu destino. Analisando-se as características comuns das empresas que determinam não apenas o seu futuro, mas o de toda uma indústria ou setor, podemos destacar, além de uma visão revolucionária, a existência de uma aversão de serem levadas pela correnteza. Também nota-se uma capacidade criativa, inovadora e transformadora, presente no pensamento e na atitude de seus líderes e colaboradores, que atuam de forma integrada e ordenada. Dessa forma, o esforço das lideranças deve estar focado em antecipar o momento adequado de promover as transformações, lembrando que quem sai na frente leva vantagem sobre os demais. Além disso, é preciso assegurar que a transformação seja praticada considerando-se e alinhando-se as mudanças organizacionais necessárias, as competências profissionais requeridas e disponíveis, e a coordenação efetiva de todos esses esforços, sustentados por um modelo de gestão que contemple as dimensões estratégicas a serem implementadas, como o Balanced Scorecard. Esse mecanismo, por meio do estabelecimento e da gestão de indicadores específicos, permite avaliar a aderência dos esforços e resultados da empresa com sua estratégia, nas dimensões de criação de valor, geração e atendimento de demanda e construção do futuro. Estabelecer planos que assegurem a infra-estrutura necessária e a alocação de pessoas certas nos lugares certos, designar responsabilidades dentro da organização e disseminar pela empresa uma nova visão e atitude são outros desafios que exigem competência específica, mas que podem ser vencidos. Dessa forma, é recomendável que se busque compreender, a fundo, a organização, de preferência de forma isenta, identificando suas capacidades, limites e necessidades, para permitir assim que um diagnóstico preciso seja realizado antes de se partir para uma prescrição propriamente dita. É importante haver muita disciplina e atenção para que a organização não caia na armadilha de direcionar todos os seus esforços para a execução de atividades operacionais e de trabalhos que visem apenas à adequação às novas regras do mercado. Considerando-se a máxima de que é loucura fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes, para assegurar que haverá resposta da organização a uma nova estratégia, algumas ações transformadoras devem ser projetadas e conduzidas, a fim de preparar e adequar o modelo de organização, e alinhar o perfil de competências aos novos requisitos. Esse é o passo que, muitas vezes, é renegado pelas lideranças e que resulta no fracasso de grandes idéias. É necessário um trabalho de adequação do modelo de negócio, da forma como são realizadas e distribuídas as atividades na organização, e, simultaneamente, o alinhamento da estratégia de gestão do capital humano, assegurando a disponibilidade e a manutenção não só das competências requeridas, como também de um ambiente saudável e produtivo. Nesse contexto, entendemos que o segredo do sucesso de pôr em prática uma nova estratégia está relacionado com o empenho em dar o passo seguinte. Aplicar ferramentas e técnicas apropriadas e customizadas, que vão assegurar o alinhamento da organização com seu novo pensamento.
Fonte VIOTTI, Luiz Eduardo; LEITE, Mauro Schweizer. O desafio de realizar a estratégia corporativa. [S.l.:s.n.].
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