Doenças- Factores que favorecem o aparecimento e resistência aos medicamentos
(Site de saude Internet)
Fatores que favorecem os micróbios Uma das razões é o crescimento das cidades. Cem anos atrás, apenas uns 15% da população mundial viviam em cidades. Prevê-se, no entanto, que por volta do ano 2010 mais da metade das pessoas no mundo viverá em centros urbanos, em especial nas megacidades dos países menos desenvolvidos. Agentes infecciosos florescem em áreas densamente povoadas. Numa cidade com boas moradias, adequados sistemas de tratamento de água e de esgoto e bons serviços de saúde, o risco de epidemias é reduzido. Mas as cidades que mais crescem são as de países pobres. Há cidades com média de apenas um sanitário para cada 750 pessoas, ou mais. Além disso, em muitas áreas urbanas faltam boas moradias, água limpa e postos de saúde. Onde centenas de milhares de pessoas vivem apinhadas em condições de pouca higiene, a probabilidade de transmissão de doenças é muito maior. Significa isso que as epidemias do futuro se limitarão a superpovoadas e pobres megacidades? A revista Archives of Internal Medicine responde: "É preciso realmente entender que os bolsões de extrema pobreza, desesperança econômica e suas conseqüências oferecem os mais férteis campos para semear infecção e atropelar a tecnologia do restante da humanidade." Não é fácil confinar a doença a uma região. O deslocamento humano é enorme. Diariamente, um milhão de pessoas cruza as fronteiras internacionais. Toda semana, um milhão de indivíduos viaja entre países ricos e pobres e, junto com eles, os micróbios letais. A revista da Associação Médica Americana observa: "Atualmente, um surto de doença em qualquer lugar tem de ser encarado como ameaça para a maioria dos países, em especial para os que servem de eixos principais de viagens internacionais." Assim, apesar dos avanços da medicina no século 20, as epidemias continuam a ceifar muitas vidas humanas, e muitos temem que o pior ainda está por vir. Mas, o que diz a Bíblia sobre o futuro? Resistência a antibióticos Muitas doenças infecciosas estão ficando mais difíceis de curar, pois se tornaram resistentes a antibióticos. Eis o que acontece: quando as bactérias infectam uma pessoa, elas multiplicam-se constantemente, transferindo seus traços genéticos para a prole. A cada nova bactéria produzida vem a possibilidade de ocorrer uma mutação — um pequeno erro de cópia que dará à nova bactéria características novas. A probabilidade de uma bactéria sofrer mutação e tornar-se resistente a um antibiótico é pequeníssima. No entanto, as bactérias reproduzem-se aos bilhões, produzindo, às vezes, três gerações de descendência em uma hora. Assim, o improvável acontece — vez por outra surge uma bactéria difícil de eliminar com antibiótico. Portanto, quando a pessoa infectada toma um antibiótico, as bactérias não-resistentes são eliminadas, e o doente provavelmente sente-se melhor. Mas as bactérias resistentes sobrevivem. Agora, porém, sem precisar competir por nutrientes e espaço com outros micróbios. Estão livres para se reproduzirem sem restrições. Visto que uma única bactéria pode multiplicar-se em mais de 16 milhões de bactérias num só dia, a pessoa logo adoece de novo. Mas agora ela está infectada por um tipo de bactéria resistente à droga que deveria destruí-la. Estas bactérias podem também infectar outros e, com o tempo, sofrer novas mutações e tornar-se resistentes a outros antibióticos. Diz um editorial na revista Archives of Internal Medicine: "O rápido desenvolvimento da resistência das bactérias, dos vírus, dos fungos e dos parasitos ao nosso atual arsenal terapêutico não nos faz perguntar se mas quando perderemos essa guerra do homem contra o mundo microbiano." — O grifo é nosso.
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