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Cura pelo toque
(Internet---villamaria.com)

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Por volta de 1662, o aristocrata irlandês Valentine Greatrakes teve «um impulso ou estranha persuasão», sentindo que poderia curar através da imposição das mãos. Ele acreditava que o seu poder implicava exorcismo e provinha de Deus, mas no século XVII curar doentes através do toque era considerado traição, pois tal poder pertencia apenas ao rei. Relutantemente, Greatrakes testou o seu dom num homem horrivelmente marcado pela escrófula (tuberculose das glandulas linfáticas). Pousando as mãos sobre o doente, Valentine rezou, e, passado um mês, o homem estava totalmente curado. Depois, tratou várias outras doenças, muitas vezes movendo as mãos num movimento de carícia, mas sem tocar no corpo do doente. A fama de Greatrakes espalhou-se rapidamente, e em 1665 ele ignorou uma ordem do tribunal episcopal para deixar de praticar. Parecia protegido pela classe a que pertencia, pela sua modéstia e pelo facto de não pedir pagamento. Em 1666, ano em que a peste devastou Londres, partiu para Inglaterra, onde ficou cinco meses, impressionando muitas pessoas famosas, incluindo o químico Robert Boyle e outros membros da Royal Society. Boyle considerava as curas autênticas, mas em parte por sorte; a demonstração de Greatrakes diante do rei Carlos II falhou – talvez, subconscientemente, receasse estar a usurpar o toque curativo do rei. Greatrakes desistiu de utilizar o seu dom passados poucos anos. O toque tem feito parte da maior parte das terapias, embora o seu valor se tenha perdido, em grande parte, devido à medicina tecnológica moderna. As curas através da imposição das mãos tem sido registadas ao longo da História – na Bíblia, na antiga Grécia e no antigo Egipto. Em 1784, comissões francesas que estudaram o «fluido magnético» que Franz Mesmer afirmava ser o núcleo da sua técnica manifestaram-se a favor da excitação, imaginação e imitação. Os curandeiros actuais afirmam que o toque transfere energia curativa psíquica ou espiritual do curandeiro para o paciente. Porém, se a cura implica sugestão e o efeito placebo, tanto o curandeiro como o doente devem ter uma forte crença. Na década de 60, o bioquímico Bernard Grad, da Universidade de McGill, Canadá, testou o curandeiro húngaro Oskar Estebany, que era capaz de acelerar a cura de ratos feridos. Estebany também acelerava o crescimento das plantas – caso em que a sugestão não podia ser um factor. Grad também influenciou Dolores Krieger, professora de enfermagem na Universidade de Nova Iorque, que, na década de 70, formulou o toque terapêutico, que envolve o fluxo de energia à volta do corpo do paciente como parte essencial do tratamemo holístico.



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