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O DESAFIO DE AVALIAR BEM NO ENSINO SUPERIOR - PARTE III
(HERBERT GONÇALVES ESPUNY)

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2A. OS PROCESSOS E OS PROGRAMAS DE QUALIDADE

A ênfase nos processos lembra os programas de qualidade que as empresas do mundo inteiro passaram a implementar para sobreviverem à globalização. As empresas brasileiras - particularmente – na década de 90, passaram a implantar a norma ISO-9000, num esforço para buscar qualidade.
“Qualidade é a adequação ao uso. É a conformidade às exigências.” (7). Esta é uma definição técnica estabelecida pela ISO – International Standardization Organization, com sede na Suíça. As normas oriundas deste organismo são homologadas, no Brasil, pela ABNT. Apesar desta definição de Qualidade é forçoso lembrar que as auditorias de qualidade para a verificação das normas ISO-9000 buscam apenas uma das vertentes da qualidade – a única vertente mensurável, que é justamente o processo. Júlio Lobos esclarece melhor o conceito quando afirma que “Qualidade tem a haver , primordialmente, com o processo pelo qual os produtos ou serviços são materializados. Se o processo for bem realizado, um bom produto final advirá naturalmente. A Qualidade reside no que se faz – aliás – em tudo o que se faz – e não apenas no que se tem como conseqüência disso”(8 – p.14).
Arnold (9 – p.204) lembra, a respeito de um dos elementos da norma ISO-9000, da ação corretiva, que “o propósito deste elemento é que a organização desenvolva um programa que reduza sistematicamente a ocorrência da não conformidade. Esse programa deve ser desenvolvido no sentido de adotar uma dupla abordagem para a melhoria da qualidade – reativa e proativa.”.
O Instituto IMAM (10), através de seu manual de implantação da ISO-9000 lembra uma série de estratégicas, estabelecendo relações com cada item da norma, quanto às exigências, a descrição de como supri-las e alguns instrumentos de avaliação de sua eficácia.





3.CONCLUSÃO
A conjuntura atual do ensino superior em geral – e dos processos de avaliação dos alunos deste ensino, em particular, sugere a necessidade de se implantar, o que na prática empresarial poderia ser chamado, de programa de qualidade.
Considerando que um Programa de Qualidade Total ainda estaria distante – pois este teria preocupações com todas as dimensões da Qualidade e não só com os processos – ainda assim, a busca de tornar cada processo mais efetivo e produtivo já geraria um ganho bastante considerável.
Especificamente na avaliação no ensino superior o professor pode estabelecer cronogramas de atividades – numa visão formativa – procurando dar, cada vez mais, ênfase à qualidade de cada um dos passos do aluno – talvez numa união com as estratégias de ensino com as de qualidade – num esforço platônico: o de educar com a eficácia do mundo dos negócios. Ironias à parte, talvez esta realidade não esteja tão distante e alguns exemplos já podem estar brotando. Eugenio Mussak é professor e consegue levar sua mensagem para públicos tão distintos quanto os da universidade e os das grandes empresas. “Simplesmente competir significa obedecer a uma situação preestabelecida, cujos nomes são herdados, ou seja, nós não participamos de sua elaboração. Há pessoas capazes de competir, estas são as competentes, e há pessoas capazes de construir novos cenários – estes são os que estão ‘além da competência’. “ .(11 – p.13).
Aprender a olhar além do simples universo da avaliação classificatória... Talvez este seja o desafio de avaliar bem no ensino superior: o desafio da avaliação formativa. É um desafio porque desta avaliação não escapa sequer quem tradicionalmente avalia... é um desafio porque busca, na essência, uma melhoria na qualidade do próprio ensino.




4. REFERÊNCIAS
( 1 ) ABREU, Maria Cedia de; MASETTO, M.T.. . O Professor Universitário em aula: prática e princípios teóricos. 8ed. São Paulo: MG Ed. Associados, 1990.
( 2 ) HOFFMAN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade.Porto Alegre: Editora Mediação, 1993. 20ª Edição revista, 2003.
( 3 ) SORDI, M.R.L. “Alternativas Propositivas no campo da avaliação: por quê não?”. IN: CASTANHO, Sérgio e CASTANHO, Maria Eugênia L.M. (Orgs). Temas e textos em metodologia do ensino superior. Campinas,SP: Papirus, 2001.
( 4 ) ROMANOWSKI, J.P. e WACHOWICZ, L.A.“Avaliação Formativa no Ensino Superior: que resistências manifestam os professores e os alunos”. IN: ANASTASIOU, L.G.C. e ALVES, L.P. (Orgs). Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville,SC: UNIVILLE, 2003.
( 5 ) ANASTASIOU, L.G.C. e ALVES, L.P. (Orgs). Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville,SC: UNIVILLE, 2003.
( 6 ) HAAS, Célia.M.“Reflexões interdisciplinares sobre avaliação da aprendizagem”. IN: MENESES, J.G.C. e BATISTA, S.H.S.S. (Orgs). Revisitando a prática docente interdisciplinaridade, políticas públicas e formação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
( 7 ) ROTHERY, Brian.ISO 9000. São Paulo: Makron Books,1993.p.13.
( 8 ) LOBOS, Júlio. Qualidade através das pessoas. São Paulo: J.Lobos, 1991.
( 9 ) ARNOLD, Kenneth.L. O Guia Gerencial para a ISO-9000. Rio de Janeiro: Campos, 1994.
(10) Desmistificando a ISO-9000: versão 1994/Revisão técnica Reinaldo A. Morim e Edson Carrillo Jr. São Paulo:IMAM, 1994.
(11 ) MUSSAK, Eugenio. Metacompetência: uma nova visão do trabalho e da realização pessoal. 6ª. Ed. São Paulo: Editora Gente, 2003.p. 72.



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