À Primeira Vista
(Nicholas Sparks)
Viver talvez seja o gérmen para experienciar uma panóplia de sentimentos e emoções, de alegrias e tristezas, de amores eternos e demasiadamente fugazes... Enfim, os paradoxos, as indecisões e os fenómenos inexplicáveis acompanham-nos ainda que a razão teime em lhes fazer frente. Se assim não fosse, Jeremy Marsh, um conceituado jornalista de Nova Iorque, jamais teria abandonado a sua família e mudado toda a sua vida para viver um grande amor em Boone Creek, que mais não era do que uma pequena localidade do estado da Carolina do Norte. Jeremy apercebeu-me que é fácil amar desde o primeiro instante, mas difícil de encontrar quem desperte tais sentimentos, sentimentos que se tornam raros porque só esses conseguem fazer “cócegas” no coração. Todavia, Lexie era a mulher que lhe fazia sentir tudo isso e com quem iria casar, muito em breve, mesmo que não a conhecesse como deveria! Iria ser também pai de uma criança que havia resultado de uma noite longa de amor! E esta seria uma das coisas que a única explicação que tinha, era a de não ter explicação nenhuma, aos olhos da ciência ou de um profissional de saúde, uma vez que havia sido considerado estéril. Em Boone Creek, estas duas pessoas lutam contra as sucessivas adaptações e ajustes mútuos que uma vida em comunhão obriga, em simultâneo com a vivência de uma gravidez tão desejada por ambos. Adicionam-se ainda os “bloqueios” sucessivos de Jeremy que o impedem de continuar a escrever e de trabalhar! Em consonância com todo este processo, vão ainda surgindo uns e-mails misteriosos que denunciam alguns episódios ocultos da vida passada de Lexie. As indecisões levantam-se e as interrogações imperam. Seria Lexie aquela mesma mulher que o encantara, na primeira vez que a enxergara? Será que ele se tinha equivocado nas primeiras impressões deturpadas por sentimentos que cegam os olhos? Não, não se poderia ter enganado! Se assim fosse nada daquilo faria sentido! O amor deles era infinito e quantas vezes mais fosse posto à prova e sujeito à intriga, mais ele se fortalecia e renovado com votos de confiança. Aos poucos iam construindo uma vida, naquela pequena localidade, que prometia um futuro risonho. No entanto, saboreavam os bons momentos da gravidez de Lexie, à mistura com o tumulto e o medo da criança nascer com problemas, devido à presença de uma banda amniótica que havia sido diagnosticada, no decurso de uma das ecografias. As semanas foram passando, as ecografias feitas rotineiramente e até então não havia qualquer problema com a criança. O dia do parto acabara por chegar naturalmente! Seria certamente o dia mais feliz da vida de ambos. Mas não foi... Ficou longe, bem longe de o ser! Claire nasceu sim e sem qualquer problema, porque a banda amniótica não se ligou ao feto e não causou qualquer deformidade. Porém, Lexie não resistiu ao parto e sofreu aquilo a que se chama de embolia do fluido amniótico. A perda da mulher que amava foi demasiadamente pesada para Jeremy, perdera a razão pela qual tinha mudado toda a sua vida. O primeiro impulso, ainda que inconsciente, era o de rejeitar a filha Claire como se a sua vida tivesse resultado do sacrifício da vida de Lexie, sua mãe. De súbito, tal sentimento foi dissipado e percebeu que a filha era o que lhe restava dum amor tão subtil que nascera “À Primeira Vista”. Passados cinco anos, Jeremy sentia que uma parte dele tinha partido com Lexie, contudo era um homem feliz, por poder partilhar os dias com Claire e acreditar que o amor dá sentido à vida.
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