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GRANDE SERTÃO: VEREDAS
(Guimarães Rosa)

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Nessa obra, Guimarães Rosa narra uma historia que tem por cenário o sertão mineiro, o sul da Bahia e Goiás. Para Guimarães, o sertão é o mundo. A primeira parte do romance, Riobaldo faz um relato caótico e desconexo de vários fatos, sempre expondo suas inquietações filosóficas (reflexões sobre a vida, a origem de tudo, Deus, o Diabo, ...) Há uma grande dificuldade em narrar e organizar seus pensamentos: - Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que se passaram. Mas pela astúcia que tem certas coisas passadas - de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. É o compadre Quelemém de Góis que lhe socorre em suas dúvidas, mas não de forma satisfatória, daí a sua necessidade de narrar. Depois, Riobaldo começa a organizar suas memórias. Fala da mãe Brigi, que o obrigava à esmolação para a paga de uma promessa. É nessa ocasião, à beira do "Velho Chico", que Riobaldo se encontra pela primeira vez com o garoto Reinaldo, fazendo juntos uma travessia pelo rio São Francisco. Riobaldo fica fascinado com a coragem de Reinaldo, pois como este afirma: sou diferente! meu pai disse que eu careço de ser diferente. A mãe de Riobaldo morre, e ele é levado à fazenda São Gregório, de seu padrinho Selorico Mendes. É lá que Riobaldo toma contato com o grande chefe Joca Ramiro, juntamente com os chefes Hermógenes e Ricardão. Selorico Mendes envia o afilhado ao Curralinho, a fim de estudar. Depois ele assume a função de professor de Zé Bebelo (fazendeiro residente no Palhão com pretensões políticas) . Zé Bebelo, querendo por fim aos jagunços que atuavam no sertão mineiro, convida Riobaldo a participar de seu bando. Riobaldo troca as letras pelas armas. Aí começa suas aventuras pelo norte de Minas, sul da Bahia e Goiás, como jagunço e depois como chefe. O bando de Zé Bebelo faz combate com Hermógenes e seus jagunços, onde este acaba por fugir. Riobaldo deserta do bando de Zé Bebelo e acaba por encontrar Reinaldo ( jagunço do bando de Joca Ramiro), ingressando em seu bando do grande chefe. A amizade entre Riobaldo e Reinaldo se fortalece, e Reinaldo lhe revela o seu nome - Diadorim - pedindo-lhe segredo. Juntamente com Hermógenes , Ricardão e outros jagunços , combate contra as tropas do governo e de Zé Bebelo . Daí em diante muitas lutas com outros bandos, Joca Ramiro é traído e morto Diadorim se desespera mas Riobaldo não entende o por quê. Riobaldo tem um relacionamento com Nhorinhá que é prostituta, representa o amor físico. O seu caráter profano e sensual atrai Riobaldo, mas somente no aspecto carnal. Ele conhece Otacília numa fazenda e destina a ela o seu amor verdadeiro (sentimental). É constantemente evocada pelo narrador quando este se encontrava desolado e saudoso durante sua vida de jagunço. Porém, ele não consegue ficar longe de Diadorim que representa o amor impossível, proibido. Ao mesmo tempo em que se mostra bastante sensível com uma bela paisagem, é capaz de matar a sangue frio. É ela que causa grande conflito em Riobaldo. Depois de muitos jaguncismos e sofrimentos retornam aos sertões de Minas, à procura dos judas. Encurralam o bando de Ricardão nos Campos do Tamanduá-tão, onde o Urutu-Branco mata o traidor. Luta sangrenta. Diadorim enfrenta diretamente Hermógenes, ocasionando a morte de ambos. Riobaldo descobre então que Diadorim se chama Maria Deodorina da Fé Bittencourt Marins, filha de Joca Ramiro. Em Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa faz uma recriação da linguagem, inventivamente, saindo do lugar-comum a fim de dar maior grandeza ao discurso. Nu da cintura para os queixos (ao invés de nu da cintura para cima) e ainda não sabiam de nada coisíssima (no lugar de não sabiam de coisa nenhuma) constituem exemplos do apuramento da linguagem. Toda a narrativa é marcada pela oralidade. É Riobaldo contando seus casos a um interlocutor. O falar mineiro associado a arcaísmos, brasileirismos e neologismos faz com que o autor de Sagarana extrapole os limites geográficos de Minas. A linguagem ultrapassa os limites prosaicos para ganhar dimensão poético-filosófica (principalmente ao relatar os sentimentos para com Diadorim ou a tirar conclusões sobre o ocorrido através de seus aforismos).



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