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Uso da Soja na menopausa
(Carolina)

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Isoflavonas são fitoestrogênios isolados a partir da soja que, além de seu poder antioxidante, exercem efeitos hormonais e não-hormonais pela capacidade de se ligar a receptores de estrógeno (1). Esses efeitos estão associados a potenciais benefícios para saúde, especialmente em mulheres na menopausa ou pós-menopausa. A maior motivação para suplementação de fitoestrogênios da soja na menopausa ou pós-menopausa reside na redução da freqüência e gravidade das ondas súbitas de calor que acometem essa população de mulheres. Essa diminuição foi observada em estudo prospectivo conduzido em japonesas (2) que consumiam soja ou isoflavona isolada da soja e confirmada por outros estudos controlados utilizando soja (3), isolado de proteína de soja (4,5) e extratos de soja (6-8), oferecendo 30 a 104 mg/dia de isoflavonas. Apesar de alguns estudos não confirmarem esse benefício (9-12), as evidências científicas descritas (2-8) sugerem que o consumo de pequenas quantidades de isoflavonas (30 mg/dia) intactas na proteína de soja ou como extrato semipurificado pode reduzir em 30 a 50% as ondas súbitas de calor típicas da menopausa. Os dados contraditórios parecem estar associados à quantidade e apresentação do fitoestrógeno, bem como à condição de saúde da população estudada. Nesse sentido, o desenvolvimento de novas pesquisas para a padronização dessas variáveis é de grande interesse científico. Evidências científicas do benefício do consumo de isoflavonas da soja na saúde dos ossos são menos expressivas que aquelas relacionadas com saúde cardiovascular e sintomas físicos da menopausa. Experimentalmente, foi bem demonstrado que isoflavonas melhoram a densidade mineral (16-18) e o turnover de ossos, mas existem poucos estudos em humanos nessa área. No entanto, dois trabalhos intervencionistas adequadamente controlados, conduzidos em curto período de tempo, sugerem que 80 a 90 mg/dia de isoflavonas da proteína da soja podem atenuar perda óssea e melhorar o conteúdo mineral da coluna vertebral em mulheres na menopausa ou na pós-menopausa (19,20). No entanto, no Brasil, o Departamento de Endocrinologia Feminina da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) considera as evidências científicas encontradas ainda insuficientes para justificar o uso de fitoestrogênios ou alimentação rica em soja como alternativa para terapia de reposição hormonal da menopausa (TRHM) e aponta a necessidade de se desenvolverem novos estudos clínicos bem estruturados, em longo prazo, utilizando fitoestrogênios da soja isoladamente contra placebo e também em associação com estradiol. Apesar dessas observações, a SBEM indica o consumo moderado de alimentos ricos em fitoestrogênios, como a soja, como um hábito de vida saudável e benéfico, potencializando os efeitos da TRHM. Finalmente, cabe ressaltar que efeitos no risco de câncer de mama e consumo desses nutrientes são complexos. Apesar de os dados obtidos até o momento sugerirem que fitoestrogênios de soja poderiam teoricamente prevenir câncer de mama, particularmente quando ingeridos nas primeiras fases da vida, novos estudos são necessários para sua indicação específica a mulheres com alto risco de desenvolver essa neoplasia.



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