O protagonismo do usuário contra os delitos na Internet
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Em meio às constantes “denúncias” da mídia tradicional em relação aos “perigos da grande rede”, encontro uma notícia do El País que é muito interessante por dar destaque ao papel do usuário na luta contra os crimes cometidos na web.
Ultrapassando o debate sobre o quanto a-internet-favorece-à-distribuição-de-pornografia-infantil, a questão levantada pela matéria é que a Internet não é um espaço com ausência de controlea, nem um espaço sob total domínio das instituições tradicionais. Acima de tudo, os próprios usuários assumem o protagonismo na vigilância dos conteúdos. Ao contrário da idéia de “terra de ninguém”, a web é terra de muitos, o que significa que muitos fiscalizam muitos. A prova disso está no fato de que a cada ano o setor de investigação tecnológica da polícia espanhola recebe mais de 7.000 denúncias feitas por usuários, o que torna o combate bem mais eficiente.
É importante evitarmos a lógica do “se cada um fizer um pouquinho” para não entrarmos na crença de que a “solução” (que na realidade é uma abstração) é problema exclusivamente do usuário. O que é interessante é o fato de que o discurso da ausência de vigilância apresenta-se, cada vez mais, como a mentira mais repetida pela mídia nacional (a qual acompanho), que continua sua batalha contra esses seres “desobedientes” que são os internautas.
O problema é essa necessidade louca da imprensa de fazer viver o Big Brother (o do 1984 ).
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