Didó, o curandeiro
(Sonia Hirsch)
"Didó é um curandeiro da grande floresta, tem o dom de curar os doentes, por isso, todas as pessoas e animais da floresta conhecem o caminho da casa dele. Ele fala com bichos e plantas, colhe ervas, colhe orvalho e vive assim". Em tudo Didó dá jeito, sua sabedoria é nata,entende os segredos das ervas, raízes, cipós, sementes e caules. Costuma dizer que não há mal sem cura e que doença faz parte da saúde, por isso, a natureza produz um e outro ao mesmo tempo. Ele diz: "Tudo que é demais sobra , o sujeito come pra viver mas se mata de tanto comer".Um dia, Manuela, uma apresentadora de TV, entra na mata e filma tudo, entrevista índias sobre feminismo, parto de cócoras e divórcio. O cacique revela pra Manuela o que faria se fosse presidente da República. Então ela se embrenha na mata e se perde,cheira o pó da borboleta azul e fica doente, com a pele toda azul e sem consciência, como uma fada da floresta. Todo o país fica sabendo de seu sumiço.Didó cuida dela mas descobre que pra curá-la tem que achar o cuspe da formiga poxoxoca. Enquanto isso encontram Manuela e a levam para o Rio de Janeiro.Nenhum remédio da medicina consegue curá-la e ela piora, até que, Didó, numa saga fantástica, com muitas encrencas pelo caminho e espalhando sempre muita sabedoria, chega ao Rio, enfrenta mais complicações mas consegue através da TV permissão pra lhe dar o remédio, ela se cura e eles se apaixonam. Vivem juntos por um tempo na cidade maravilhosa mas ele chega à conclusão que deve voltar à mata. Manuela fica e passa a divulgar na TV toda a sabedoria aprendida com Didó, sobre saúde, alimentação natural, plantas medicinais e a sabedoria da harmonia com a natureza. O livro, com aparência de literatura infantil, dá seu recado, principalmente para os adultos, sobre uma maneira de viver mais saudável e feliz.
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