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A Depressão Cura as Chagas da Alma
(José Arthur Filho)

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Já se tornou conhecida por uma variedade de nomes, e cada um deles mostra apenas a superficialidade de nosso entendimento a seu respeito.A Depressão! ... o mal do século; o demônio do meio-dia; letargo et ambulare; morte recidivante... ad nauseam.Isto sem contar os rótulos do jargão médico, que se atualizam sobre o tema sem conhecê-lo, na essência: melancolia (ant.); transtorno maníaco depressivo; transtorno obsessivo compulsivo, afetivo bi-polar, etc.Os psiquiatras a definem como um distúrbio mental caracterizado por adinamia, desânimo, sensação de cansaço, e cujo quadro muitas vezes inclui, também, ansiedade, em grau maior ou menor, cujo paroxismo pode conduzir ao suicídio. Sim! Os psiquiatras assim a conceituam... mas somente aqueles que nunca passaram por ela, ou não tiveram o privilégio da experiência com alguém do seu círculo de afeto ou intimidade.Não escolhendo casta ou razão social, preferência clubística ou ideologia política, instala-se sem pedir licença, e sua vítima, em princípio, sequer faz idéia da gravidade, quando nos primeiros sintomas.Assim, os médicos, os sacerdotes, as donas de casa, os policiais e o maratonista, se encontram nas ante-salas dos consultórios de psiquiatria, mas não trocam experiências, e muito menos palavras.É verdade... não estão mortos; mas gostariam de estar!
Afinal, se não existem dores ou grandes desconfortos nesta enfermidade, e se não conduz ao óbito por si mesma, por que é tão temível?
Reposta simples: ela desconecta a criatura de todos os atos e elos que estimulam a vida, de forma mais ou menos acentuada em cada caso: pequenos prazeres, compromissos, responsabilidades, ilusões, afeições, desejo sexual, etc.O que resta é uma vida biológica que se assemelha a um coma em vigília, mas que se torna extremamente angustioso devido a alguns pontos de conexão, os quais ela não desata, e de forma prosaica, permanecem em torno de nós, com pequenas cobranças, desafios e propostas.Ora o filho quer ir ao shoping, ora a esposa reclama atenção e carinho, o marido se aborrece com o jantar atrasado, o patrão requer cumprimento de horário, os amigos exigem explicações que não sabemos dar... Sim, o mundo não para de girar em torno de nós e temos que acatar suas demandas. Parece haver incoerência, pois se não damos importância a coisa alguma, por que essas outras nos afetam? Os filósofos e os estudantes dos fenomenos da alma se debruçariam sobre seus alfarrábios, em lucubrações exaustivas mas insolváveis, pois a resposta está relacionada com a idiossincrasia. A propósito, vejamos o que os dicionários nos dizem sobre tal verbete.idiossincrasia1.Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2.Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med . Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.
Encontramos a resposta?Obviamente, não, pois o que queremos não é conhecer uma palavra que explique a relação entre o que nos prende à vida e o que nos desconecta dela, perante a depressão, mas uma explicação para este fato particular.Ou seja, por que os morto-vivos se incomodam com o trabalho diuturno, se nada que o salário possa comprar, lhes interessa?Por que levar a criança ao colégio, se realmente anseia-se por um quarto escuro e silencioso, onde apenas o farfalhar do solidéu da dama da morte despertaria algum interesse?Resumindo, a idiossincrasia é a resposta, desde que conheçamos sua causa.Vamos tentar?Lembro que o desafio de se conhecer os mecanismos que geram a idiossincrasia, não guarda nenhum estímulo ou motivação que possa abalar conceitos arraigados nas mentes acomodadas e satisfeitas com o que já sabem.Por outro lado, a mente curiosa e racional se banqueteará à larga com as possibilidades que a reflexão em torno, produzirá. FIM DA PRIMEIRA PARTE, POR LIMITAÇÃO DO TAMHANHO PERMITIDO PARA O ARQUIVO.
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