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O Ser e o Nada
(Jean-Paul Sartre)

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O que é de facto importante no âmbito da fenomenologia do ser? Ser e Existir, o espaço indelével e subtil que separa o ser do não ser, a possibilidade da não existência constituir-se como fenómeno essencialmente distinto da morte? Estas são algumas das inúmeras questões que Sartre aborda de forma superior em "O Ser e o Nada", num exercício de inteligência que por vezes roça o absurdo das negações do evidente aparente. Segundo Sartre, a relação sujeito - objecto, passa inevitavelmente pela concepção do eu e da consciência de si, de forma que o conhecimento possa assumir perspectivas efectivas de cognição. O objecto é perceptível se a consciência do ser situar e referenciar-se fora do objecto e, por sua vez, este exista independentemente do ser. "Antes de qualquer comparação, antes de qualquer construção, a coisa é o que está presente à consciência como não sendo a consciência" (SARTRE, 1997). Os objectos ao existirem implicam uma ordem de coisas independentes do ser e do próprio conhecimento. Da mesma forma, é o próprio ser sartriano que existe antes da consciência de si e ao negar-se, assume uma característica negativa que somente o realiza enquanto estrutura não substancial. Ser é antes de se pensar porque (pre)existe à consciência de si. Embora para Sartre a consciência configura o absoluto original, insubstancial e exterior a toda a realidade, ela existe quando ser e consciência de si se encontram no pensamento e comprovam uma capacidade de integrar e percepcionar a existência do ser. A problemática sartriana do ser parte do ser e do não ser para o conhecimento do outro, onde a mesma problemática fenomenológica se coloca. E entre o ser e o não ser há o nada, a não existência que configura a morte, enquanto negação do ser existente e consciente de si. O que remete para outra ordem de questões, concretamente o valor da consciência enquanto referencial normativo de percepção da realidade e convergência com um mundo definido segundo categorias, previamente elaboradas, e que se acabarão por assumir, de prova em prova, como convenções e preconceitos. Ou seja, a loucura e a morte, seriam, a ser assim, iguais no que respeita à questão ontológica do ser e do nada. O fundamental é referir que através desta obra superior, poder-se-ão levantar inúmeras questões de teor existencial que nos levarão cada vez mais longe no conhecimento de nós e dos outros. E não é este o papel primordial da Filosofia?



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