Carma e as Casas Astrológicas
(António Rosa)
A Trajectória Cósmica do Nosso Espírito:
Carma, Reencarnação e Espiritualidade
Haveria muito a dizer sobre a forma redonda do horóscopo: o círculo é um perfeito símbolo de unidade. O tema é uma mandala, isto é, uma visão do mundo, encerrada num círculo geometricamente dividido, cuja estrutura ajuda à meditação.
Assim, o tema
torna-se um "suporte de mancia": um objecto que, pela sua forma,
permite que a intuição seja libertada. Os videntes de toda a
Antiguidade utilizaram o fogo, a fumaça, os seixos jogados ao acaso no
solo, etc.
A intuição
divinatória habitualmente tem necessidade de um suporte para se
manifestar: não há dúvida de que o horóscopo representa também esse
papel; a sua forma redonda, as suas divisões geométricas activam os
mecanismos secretos da intuição. A cruz formada pelo horizonte e o
meridiano, inscrita nos 360° da circunferência, são os símbolos eternos
que falam ao subconsciente de cada um de nós.
A divisão do espaço
celeste em quatro quadrantes, cada um com três casas, ou seja, 12, tem
ressonâncias numerológicas e simbólicas tão fortes, que todas as
religiões do mundo o utilizaram. Mandala é uma palavra indiana,
mas a realidade é universal. A estrutura íntima do cosmos está
provavelmente baseada nos números 3, 4 e 12. As religiões cristãs falam
das "Doze tribos de Israel", dos “12 Apóstolos”, dos “quatro
Evangelistas”, da “Santíssima Trindade”, etc. quatro e três são sete, e
se combinam ainda em 9, 12, 45 e tantos números "sagrados" utilizados
pela astrologia.
A acrescentar a isto
a ideia transmitida pela entidade Kryon, do Serviço Magnético, que diz
que a matemática cósmica tem o sistema 12 como suporte universal e não
o sistema decimal, como o utilizamos nesta nossa terceira dimensão,
aqui na Terra.
A divisão do tema em 12 casas delimitadas pelos quatro Ângulos do Céu é fundamental.
As casas são campos
vitais, nos quais se aplica a nossa energia. Isso é válido não só para
esta vida, como também para toda a nossa trajectória cósmica -
compreendendo também as nossas vidas precedentes.
Teoricamente, a
Terra está no centro do tema. Os detractores da astrologia vêem nisso
uma prova de sua falsidade, já que sabemos bem que a Terra não é o
centro do nosso sistema solar. A isto pode-se responder que o tema
descreve o nosso ponto de vista de terrenos. Quando tivermos adquirido
“perfeição” e objectividade, quando estivermos livres das cargas
terrestres, passaremos para um plano cósmico solar: poderemos ter então
um tema "visto do sol" – o chamado sistema heliocêntrico. Actualmente,
aliás, muitos astrólogos utilizam tais temas, nessa perspectiva
espiritual.
O ASCENDENTE
Representa o estado presente da entidade, o "ponto" da sua evolução para esta encarnação.
A partir desse local-chave organiza-se todo o horóscopo, esse mapa do céu que a pessoa "assinou" antes de nascer.
O Ascendente e a casa 1 exteriorizam a personalidade da pessoa
nesta encarnação - mas não necessariamente o seu Ser profundo. Certos
espaços dele mesmo podem permanecer secretos, ocultos enquanto dura
esta vida. Muito simplesmente porque a entidade decidiu desenvolver uma
aptidão, em vez de outra, que está programada para a vida seguinte: não
se pode procurar um desenvolvimento em todos os sentidos, ao mesmo
tempo!
O
crescimento da alma é um longo trabalho que se faz de vida para vida,
um detalhe após o outro. Recantos inteiros do nosso ser permanecem
adormecidos a cada encarnação.
A partir do Ascendente, há quem pense que as casas 2, 3, etc. indicam vidas a vir, ao passo que, regredindo no sentido inverso, as casas 12, 11, 10, etc. significam as vidas precedentes, a começar pela última.
Inúmeros autores
pensam que nós encarnamos segundo a ordem dos signos, de modo a
aprender sucessivamente as 12 lições cósmicas inscritas no Zodíaco.
Esse será, certamente, um dos segredos esotéricos melhor guardados da
humanidade.
Pensa-se que as pessoas que têm uma casa 12
muito "habitada" por um número importante de planetas, entre os quais
Neptuno, já cumpriram todo um ciclo. Seria sua última encarnação, para
esse ciclo.
Mas é provável que percorramos várias vezes o Zodíaco a fim de rematar o que não fora terminado. A roda das casas e dos signos representa a "roda das reencarnações", ou samsara indiano.
O Ascendente seria então como um dos ponteiros de um relógio sobre um quadrante, indicando a hora da evolução da alma. Em
suma, em que ponto ela está, na sua jornada cósmica. (Cf. a Bíblia:
"Para mim, um dia é como mil anos", diz o Senhor.) O Ascendente indica
onde plantamos a nossa tenda, nessa viagem através do tempo e dos
espaços interplanetários. É exactamente uma etapa.
AS CASAS DE ÁGUA
As três casas que correspondem, por analogia, aos três signos da Água: a casa 4, a Caranguejo, a casa 8, a Escorpião, a casa 12 a Peixes, parecem estreitamente ligadas às coisas cármicas.
Elas contêm uma
enorme quantidade de informações sobre as nossas vidas anteriores.
Todas as três estão carregadas de um passado que ainda nos marca,
sobretudo se são densamente habitadas. Planetas retrógrados, nós,
luminárias, recebendo inúmeros aspectos, revelam as suas dimensões
cármicas nessas casas.
A casas 12, a 8 e a 4 trazem
os reflexos que adquirimos nas nossas vidas anteriores, reacções
emocionais criadas pelos traumatismos e erros de outrora. Devemos
livrar-nos desses resíduos afectivos e físicos, desses comportamentos
do passado, para nos adaptarmos à nova encarnação. Mas podemos
decifrá-los ainda claramente nessas casas.
As
pessoas com "casas da Água" muito fortes, aliás, têm, em geral,
reminiscências bastante fortes das suas vidas anteriores.
Frequentemente são muito mediúnicos ou possuem enorme clarividência, e
têm um contacto permanente com os planos invisíveis.
Infinitamente
sensíveis aos ambientes, essas pessoas perceptivas sabem e sentem
coisas que nem sempre têm palavras para exprimir. O tempo, para elas,
não está limitado a esta encarnação; não vêem na matéria a simples
realidade existente, como tantos dos nossos contemporâneos ocidentais.
Não esquecem nada (se a 4 e a 8 estiverem, no seu caso, fortemente
habitadas).
Esses "nativos da
Água" vivem tempestades angustiantes, furacões internos que têm
dificuldade em superar. Aspiram à serenidade, embora se apeguem a
comportamentos obsoletos que só fazem acarretar outras tormentas. Isso
verifica-se sobretudo quando o Sol e Lua se hospedam nessas casas.
Os psicólogos
materialistas ocidentais - esses consertadores da alma - muitas vezes
fracassam ao tratar essas pessoas, uma vez que as motivações destes têm
raízes num nível cármico muito profundo - nas paixões violentas das
suas vidas anteriores.
Evidentemente, os
que cercam essas pessoas jamais compreendem por que eles reagem tão
fortemente a tão pequeninas coisas. Um encontro aparentemente banal uma
canção, uma paisagem, lançam-nos num estado de profunda perturbação, desencadeando as ressonâncias profundas da memória cármica.
A pessoa assim hospedada no fundo das grutas marinhas da casa 4 (ou 8, ou 12),
não é feliz: aspira profundamente a se libertar de um fardo cármico de
obsessões muito antigas. E, no entanto, raramente tem forças para dele
libertar-se. Os medos, os fantasmas, os espectros dos quais gostaria de se livrar estão inscritos nessas três casas.
Mas para limpar dos
seus armários todos os fantasmas que ali foram encerrados, é preciso
coragem: afrontar lúcida e bravamente todos esses fantasmas que
apodrecem na memória.
Enquanto a pessoa se
recusar a abrir o armário para dar a vassourada, permanecerá
prisioneira desses laços emocionais passados que a estrangulam. E isto
po
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