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Teorias do Envelhecimento
(Carla Lamas)

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Teoria Biológica
O envelhecimento como fenómeno biológico tem sido interpretado em ligação com teorias que explicam as causas do envelhecimento celular e do aparecimento de perturbações de saúde. Neste sentido, tais teorias defendem que todo o organismo multicelular dispõe de um tempo limite de vida, em que as probabilidades de sobreviver vão sendo cada vez menores à medida que se avança na idade.
Lellouch (1992) reafirma que “ as mudanças de textura que a velhice imprime no organismo revelam-se por vezes num tal grau que o estado fisiológico e o estado patológico parecem confundir-se por transições insensíveis não podendo ser distinguidas”.
A causa do envelhecimento advém das alterações moleculares e celulares que acaba por resultar em perdas funcionais progressivas dos órgãos e do organismo. Neste sentido, à medida que se avança na idade, as células vão diminuindo, as alterações no corpo são visíveis, provocando uma diminuição da estatura e do peso. No entanto, são muitos os factores que têm influência no envelhecimento: a variável sexo, no sentido em que a esperança média de vida da mulher é superior à do homem (Charcot, citado por Lellouch 1992).
Por outro lado, segundo Gyll este também defende que quanto mais se utilizar uma aptidão intelectual mais ela será protegida do envelhecimento (1980: 70). A prática do exercício físico levou a melhores resultados a nível do raciocínio, memória e do tempo de reacção, tal como foi testado por Clarkson – Smith e Hartley (1989). Verifica-se ainda no idoso, uma perda da auto – estima o que pode levar ao isolamento.
Neste sentido, e porque o envelhecimento é a contrapartida do desenvolvimento (Birren e Cunningham, 1985), a forma como se vive com o envelhecimento, resulta da forma como o indivíduo antes se desenvolveu, ou seja, resulta do comportamento dos indivíduos e dos factores ambientais.
TEORIA PSICOLÓGICA

Para além das teorias biológicas que nos dão uma ajuda a perceber o processo de envelhecimento, muitas outras teorias tentam também encontrar explicações para o mesmo. Neste sentido, a psicologia tem-se preocupado com a descrição das diferentes maneiras de envelhecer relacionando com a inteligência, memória, personalidade, motivação, habilidades, pois segundo Constança Paúl (1991), tudo isto, quando exercitado, contribui para a preservação da capacidade funcional e bem – estar dos idosos. Porém esta mesma autora refere que no caso dos idosos considerados mais pobres, com baixa escolaridade e baixas expectativas, dado que a sua experiência de vida lhes ensinou que elas não seriam preenchidas ou acessíveis, as aspirações dos idosos são baixas e desadaptadas com o meio. (Paúl, 1991: 265).
Os papéis profissionais e as interacções sociais neste período da vida são também factores psicológicos que afectam os idosos. Ou seja, no que se refere aos papéis profissionais, é a reforma a principal mudança dado que se vêem retirados da actividade profissional e consequentemente colocados em situação de reforma. Porém, a reforma leva a uma alteração brusca nos papéis profissionais, determinando o fim para a maioria dos idosos.
Com a mudança de papéis, gera-se um processo de adaptação, em que para alguns, não é inteiramente bem sucedida, resultando muitas vezes em insatisfação ou até mesmo desespero.
Por outro lado, as pessoas idosas vão-se deparando com perdas ou sucessivas privações, nomeadamente, na saúde, na actividade profissional, perda do cônjuge, dos amigos, entre outros. Tais situações criam no idoso fragilidades psico – afectivas e sentimentos de intensa vulnerabilidade.
A sua adaptação a um processo de mudança com perdas e limitações caracteriza o envelhecimento como “ o luto que a pessoa de idade vai ter de fazer de uma certa imagem de si própria, como pessoa, como ser social, como membro de uma comunidade”. (Cordeiro, 1987: 236)
TEORIA SOCIAL
As teorias sociológicas assentam tanto no interaccionismo simbólico como na Teoria daestrutura social. Rocio Fernandez-Ballesteros fala na Teoria da Subcultura, na qual se constata que a velhice acaba por conduzir a pessoa idosa ao isolamento. Este isolamento foi abordado por Rox (anos 70) postulando que os mais velhos possuem todas as características de qualquer grupo isolado.

O envelhecimento social da população suscita mudanças no status assim como no seu relacionamento com os outros, em função da crise da identidade.A falta de papel social conduz à perda de auto-estima, (a maior mudança que se verifica é devido ao abandono da sua actividade produtiva).
Uma maior disponibilidade de tempo acarreta a necessidade de se adaptar a novos papéis impostos pela sociedade transformada.
No que diz respeito aos contactos sociais, a partir de certo momento, muitos idosos manifestam uma diminuição nos seus relacionamentos. Ou seja, apelam à indisponibilidade de tempo, à vida agitada e as suas relações com os seus filhos, netos, colegas e amigos tornam-se desajeitadas. Para tal não acontecer, é necessário empenho para criarem novos relacionamentos e aprenderem um novo estilo de vida que minimizem essas perdas.



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