Estratégia de Empresas
(BATERMAN; Thomas S.; SNELL; Scott A. A Intel por dentro: os ciclos de vida do microprocessador. In:)
A Intel por dentro: os ciclos de vida do microprocessador
As inovações tecnológicas têm sido a força motriz do setor de computadores pessoais. Somente em 1994, os americanos investiram mais coletivamente em PCs do que o fizeram em aparelhos de televisão, e as vendas anuais do setor atualmente excedem os $100 bilhões. O cérebro sofisticado que dirige o PC é o microprocessador e, já há algum tempo, a empresa que estabelece o padrão de microprocessadores tem sido a Intel. Desde seu lançamento, o microprocessador da Intel tem se modificado rapidamente, à medida que a tecnologia evolui, sendo que microprocessadores mais avançados continuam a substituir os anteriores em máquinas mais rápidas, mais capazes e baratas. Em 1969, a Intel desenvolveu um de seus primeiros microprocessadores, o 4004, que foi projetado como a base das calculadoras eletrônicas e tinha um registro interno de quatro bits (a capacidade de memória interna para a realização dos cálculos). A partir daí, a Intel desenvolveu o 8080 (em 1974), que dobrou a capacidade computacional do 4004 e o 8086 (em 1978), que era dez vezes mais potente que o 8080. Em 1979, a Intel lançou o 8088, que tinha mais ou menos a mesma capacidade de computação do 8080, mas utilizava chips de apoio mais baratos. Por esse avanço ter baixado o custo de produção do computador pessoal, foi o primeiro chip utilizado no IBM PC. Em 1983, após cinco anos de trabalho de desenvolvimento, a Intel lançou o 80286, que aumentou a capacidade de endereçamento em memória de 1 para 16 MB, possuía 130.000 transistores e uma velocidade inicial de um milhão de instruções por segundo (MIPS - million instructions persecond). Em 1986, a Intel lançou o 80386, como a nova fase de microprocessadores. O 80386 tinha quatro anos de desenvolvimento, 275.000 transistores e aumentou a velocidade de processamento para cinco MIPS. O 80486, que veio em 1990, após três anos de desenvolvimento, tinha 1. 200.000 transistores e quadruplicou a velocidade do 38 para 20 MIPS. Então, em 1994, após três anos de desenvolvimento, a Intel lançou o chip Pentium, com 3.100.000 transistores e velocidade de 100 MIPS. A Intel não planeja prolongar a onda do chip Pentium por muito tempo, e já desenvolveu o microprocessador P6 e está trabalhando no P7 para 1998 ou 1999. O P6 tem 5,5 milhões de transistores e uma velocidade estimada de 250 MIPS, enquanto o P7 deverá ter mais de dez milhões de transistores e 500 MIPS. Essas previsões realçam uma curva interessante no setor de microprocessadores. À medida que o poder computacional dos microprocessadores cresce exponencialmente, seus ciclos de vida tornam-se muito menores. Do mesmo modo e sem ser uma coincidência, o custo da computação também diminui. Enquanto em 1979 o custo de 1 MIPS era de aproximadamente $ 100.000, até 1994 esse número caiu para apenas cerca de $ 10. Enquanto a liderança tecnológica tem sido a chave para a dominância de mercado pela Intel, ela não é a única empresa que está alcançando inovações rapidamente. Concorrentes como Advanced Micro Devices, Cyrix e NexGen estão lutando por uma participação no mercado da Intel. Ao mesmo tempo, a Apple Computer, a IBM e a Motorola têm trabalhado no microprocessador PowerPC, projetado para movimentar tanto as máquinas IBM quanto as Macintosh. Esses tipos de desenvolvimentos mantêm a Intel no mercado. BATERMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. A Intel por dentro: os ciclos de vida do microprocessador. In: ______. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. p. 477-8.
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