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Dengue 2007. Pesquisa de novos larvicidas.
(SBP- Sociedade Brasileira de Parasitologia)

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Inseticidas Naturais, bioinseticidas e feromônios: solução para a Dengue?
por: S. R. Sargenti
O crescimento populacional, o desmatamento e o lixo em locais inadequados fez com os insetos migrassem para os grandes centros urbanos e passassem a competir com o homem pelo mesmo tipo de alimentação. Assim, aumentou o número de doenças e infecções transmitidas pelos insetos e em conseqüência, o uso indiscriminado de inseticidas, que aplicado em doses incorretas, levou a resistência de alguns insetos aos inseticidas existentes. O mosquito transmissor da Dengue, o Aedes Aegypti, foi um destes casos e tornou-se uma ameaça a saúde pública principalmente nos países tropicais. A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, infectando de 50 milhões a 100 milhões de pessoas anualmente, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, de janeiro a julho de 2007 foram registrados cerca de 440 mil casos. A necessidade de métodos mais seguros de controle de insetos, tem estimulado a busca por novos inseticidas principalmente em plantas. Um exemplo bem sucedido é o uso de piretróides, estes estão presentes em aproximadamente um terço de todos os inseticidas usados no mundo. Outra forma de controle é o uso de substâncias com atividade repelente, podendo ser citados os limonóides (tetranorterpenóides) e monoterpenos simples tais como limoneno e mirceno. Mais recentes são as pesquisas com armadilhas biológicas, onde feromônios (substâncias químicas que atuam como meio de comunicação entre os insetos) são utilizados para atrair a fêmea do mosquito, que fica aprisionada na mesma. Bioinseticidas (inseticida biológico) também tem sido pesquisados, tal como o Bt-horus desenvolvido pela Embrapa no combate ao mosquito e larvicidas tal como o Bacilus thuringiensis (bactéria), que apesar do alto custo, também tem sido utilizado no combate e prevenção da dengue. No entanto, estas técnicas utilizadas isoladamente, não produzem o efeito esperado e podem causar resistência do inseto ao produto. Hoje se entende melhor que o combate a uma determinada praga não pode ser feito de uma forma unilateral. Para o controle integrado dos insetos deve-se usar feromônios (em geral associados a inseticidas), inimigos naturais (controle biológico), produtos naturais insetífugos (oriundos de plantas), ou outras estratégias que busquem não a erradicação do inseto-alvo, mas sim um equilíbrio ao já desequilibrado ecossistema. Um novo larvicida que está sendo desenvolvido por pesquisadores da Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina pode ser uma nova arma no combate a dengue. O produto, que concentra substâncias de três fontes distintas em uma cápsula biodegradável, mostrou-se fatal para as larvas do mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus da doença. O novo larvicida é uma mistura de substâncias extraídas de duas plantas da família das meliáceas - a andiroba (Carapa guianensis) e o cinamomo (Melia azedarach) -, além de uma terceira substância produzida sinteticamente por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco. A intenção é englobar produtos de baixa concentração em cápsulas biodegradáveis, que resistam ao menos uma semana. Gradativamente, as cápsulas se decompõem e liberam o composto no meio ambiente. O objetivo aqui é fazer um repelente mais barato, que dificulte a resistência da larva do inseto ao produto e que não acarrete danos ambientais. Assim, o mosquito dificilmente criaria resistência a uma mistura com diferentes substâncias. Finalizando, a busca de novos inseticidas constitui-se num campo de investigação aberto, amplo e contínuo. A grande variedade de substâncias presentes na flora continua sendo um enorme atrativo na área de controle de insetos, principalmente se for levado em conta que apenas uma pequena parcela dessas plantas foi investigada com tal finalidade. Os pesquisadores da Unisul, aliando a busca por inseticidas naturais a novas tecnologias de dispersão de inseticidas, talvez estejam bem próximos de conseguir um inseticida eficaz no combate ao mosquito transmissor da dengue. Mostrando mais uma vez, que os brasileiros podem ser responsáveis pela solução de muitos de seus problemas.



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