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HPV - Vacinas profiláticas para o HPV
(Spphie Françoise Mauricette Derchan; Luis Otávio Zanatta Sarian)

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Infecções estão intimamente ligadas às neoplasias. Cerca de um quinto dos cânceres são conseqüência da presença de algum agente infeccioso e, com larga vantagem , figura o papiloma-vírus humano (HPV) como o organismo infectante mais apto a provocar neoplasias. Nem todos os tipos de HPV, entretanto, são capazes de originar tumores, sendo o 16 e o 18 os responsáveis por 60% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. Os HPV tipos 31,11,35,39,45,51,52,56,58,59,68,73 e 82 também são considerados potenciais carcinógenos, mas sua associação com câncer do colo é menos intensa em comparação aos tipos 16 e 18.Enquanto a maioria das vacinas contra vírus é baseada no uso de virions para induzir a produção de anticorpos, não se conseguia produzir virions de HPV. A solução apareceu quando se descobriu que uma proteína, chamada L1, em combinação com outra, chamada L2, gerava uma estrutura semelhante àquela encontrada nos virions. Esta estrutura, morfologicamente assemelhada aos vírus, porém vazia, foi denominada de vírus-like particles (VLP). VLPs são destituídas de DNA e, assim, são consideradas seguras, pois induzem forte resposta imune sem o risco de infecção ou de produzir uma neoplasia. Outra grande vantagem das VLPs é que podem ser produzidas utilizando células de insetos, bactérias recombinantes ou até mesmo fungos.As vacinas atualmente disponíveis são alta e duradouramente eficazes contra os HPV aos quais se destinam. Mas, tanto nos gupros vacinados quanto nos grupos placebo, em todos os estudos, mulheres desenvolveram lesões citológicas e histológicas induzidas por outros tipos virais. Surge, portanto, a primeira e, provavelmente,mais importante indagação sobre as vacinas: o que ocorrerá, do ponto de vista epidemiológico, com os tipos virais contra os quais não há vacinação e quais serão as repercussões clínicas das infecções por estes vírus? A implementação das vacinas inclui educar o público geral sobre HPV, diminuir o estigma da infecção e ganhar confiabilidade para vacinar adolescentes para uma DST, antes da sua iniciação sexual. Do ponto de vista ético, a vacinação universal estaria recomendada, mas não poderia ser obrigatória, e deveria incluir meninas de 10-13 anos durante seus programas de vacinação gobal. Entretanto, preocupações sobre potenciais danos devem ser consideradas com atenção, lembrando que nem todas as pessoas estão em risco, pois nem todas praticam sexo ou estão expostas ao vírus em suas relações sexuais. Os efeitos sobre o comportamento sexual dos jovens devem ser avaliados. Uma vez vacinados, acreditando que estão protegidas do HPV e do câncer cervical, podem assumir um comportamento sexual de alto risco com conseqüente aumento de outras DST e até eventual diminuição do comparecimento aos programas de rastreamento.O artigo foi publicado na RBGO (Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetríca), junho 2007, volume 29, nº 6.



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