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Jornal de Notícias
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Peritos reforçam previsões de mudanças climáticasAnegociação foi dura sobre o documento final de consenso na reunião do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, que reuniu em Bruxelas nos últimos quatro dias. Madrugada dentro, os cientistas dizem que resistiram a pressões de delegados governamentais dos EUA, China, Arábia Saudita e Rússia para tornarem as previsões menos catastróficas quanto à subidas dos mares, populações deslocadas, escassez de água, secas e tempestades, fomes, extinção de espécies e perdas nas economias. Os resumos dos estudos e cenários do Painel Intergovernamental têm de ser adoptados por consenso e isso obriga à procura de um denominador comum. Neste caso, alguns países tentaram, e conseguiram, que os cenários de consequências para as populações e meio ambiente surgissem menos gravosos. Por exemplo, os EUA pediram que os dados numéricos fossem retirados do resumo, que é mais acessível ao público do que o relatório de 400 páginas. E opuseram-se a que constasse que parte da América do Norte sofrerá danos económicos com as mudanças climáticas. Por outro lado, foi adoptada uma margem maior, de dois a três graus centígrados de subida das temperaturas (em vez de dois apenas), a partir da qual os impactos serão muito mais gravosos. "Serão os mais pobres do planeta, e aí se incluem as pessoas pobres, mesmo em países prósperos, que vão sofrer mais o impacto", comentou o presidente do Painel Internacional sobre Alterações Climáticas a propósito do relatório que congregou o trabalho de 2.500 cientistas de mais de cem países. O documento, integrado numa série que aborda a subida das temperaturas, sob ângulos diferentes das causas e consequências, reitera que as maiores culpas são atribuíveis aos gases com efeito de estufa. A face do mundo vai mudar neste século, garantem os cientistas. Mudará o clima e com ele a paisagem e os recursos naturais e alimentares. E populações inteiras de milhões e milhões terão de mudar de lugar, acossadas pela subida do nível das águas, pela falta de água potável, por pragas e doenças. Só uma parte dos países do Norte poderá ganhar, ficando com climas amenos e produções agrícolas e florestais melhoradas. África e Ásia concentram as maiores catástrofes previsíveis. Por um lado, a Ásia vai sofrer a perda de zonas agora usadas na agricultura de subsistência, pela inundação dos deltas dos grandes rios. Nos seus mares, ilhas como as Maldivas têm como destino o desaparecimento. Em África, além do aumento de inundações em algumas zonas, a faixa do Sahel ficará ainda mais árida levando ao êxodo maciço das populações. O Rio Nilo deixará de de alimentar milhões. O cenário de desgraças para os humanos surge acompanhado de alterações drásticas nos ecossistemas. O Árctico e os gelos permanentes da Antárctida irão desaparecendo. O relatório ontem aprovado estima também que 20 a 30% das espécies vegetais e animais correm o risco de extinção se os aumentos da temperatura média global passarem de 1,5 para 2,5 graus centígrados. Dois novos relatórios estão previstos para Maio (sobre medidas de mitigação) e Novembro (síntese de todos os estudos).



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