O Feitiço da Ilha do Pavão
(Ribeiro; João Ubaldo)
O livro não é novo. É mais uma reedição daquelas obras que pode-se dizer, ficaram”encalhadas” nas estantes das livrarias. Talvez porque dê uma impressão de prolixidade ou aparentar deveras fantasioso. Ocorre que ao se embarcar no bote que leva à ” Ilha do Pavão” a viagem passa a ser outra. É preciso certa paciência e conhecimento da língua do recôncavo – um dicionário por perto não faz mal a niguém, como também ter uma certa familiaridade com a “mania ubaldiana” para a crítica, o inusitado e o irreal. È uma obra aberta, recheada de alegorias que proporcionam interpretações as mais variadas. Por isso é fundamental ter observação acurada e imaginação desobcecada. Imagine-se então numa Ilha:que pode ser qualquer lugar do planeta, onde tudo de surpreendente acontece, as relações obedecem a um jogo de poder, os amores são tratados em toda sua naturalidade. A viagem é abundante em conhecimentos; personagens carregados de cores locais: “ Capitão Cavalo”, índios, entre os quais Balduíno, com suas matraquices, a morena Crescência e suas manhas e artimanhas de mulher, feiticeiros com suas “charopadas”, e toda a gama de habitantes de um lugar que “(...). Jamais se escutou alguém dizer ter ouvido falar na Ilha do Pavão, muito menos dizer que a viu, pois quem a viu não fala nela e quem ouve falar nela, não a menciona a ninguém (...) Os que não suportam pensar nela crêem ou sabem que lá encontrarão todos os seus medos materializados e empenhados em acossá-los como cães enraivecidos”. Uma coisa é certa e clara na história: Na Ilha do Pavão, tudo pode e faz sentido!
Diria que é uma velha... antiga conhecida...
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