Resumo de Africa em Caos - George B.N. Ayittey

Neste livro, o autor empreendeu a dificil tarefa de falar de 54 países Africanos cobrindo assuntos que vão desde a situação social, política e económica de África, passando por problemas de cariz racial, étnico, religioso, de classes, fronteiras, limitações geográficas, e arriscando no processo a crítica feroz de vários países. “África em Caos” expressa ao fim e ao cabo o que é discutido em segredo pelo povo Africano que se vê incapacitado de se expressar por medo de represálias.

África uma das regiões mais ricas do globo em recursos minerais tais como cobalto, diamantes, platina, ouro, fosfatos, petróleo, ferro, manganês, cobre, bauxite, níquel assim como produtos agrícolas tais como cacau, café, óleo de palma etc., está completamente devastada por uma situação caótica, onde a fome a doença e as guerras ganham terreno dia a dia.

Citando um Ex- Secretário geral da ONU, Boutrous Boutrous-Ghali, que disse que África “ estava em perigo de se transformar no Continente Perdido” , o autor analiza de um modo profundo e provocativo mesmo, a situaçao de crise sócio -político-económica de África, com o intuito de entendermos as raízes da crise. Contudo, para que possamos compreender a crise temos que primeiro distinguir entre Governantes Africanos ( uma elite predadora ) e o Povo Africano (cansado de guerras e assolado por doenças como a malaria e SIDA , incapaz de expulsar governos ou força-los a adoptar medidas correctas para a crise) e separar África Tradicional (que tem sido sempre associada com primitivismo, mas que, se virmos bem ainda funciona) e da África Moderna (rídicula e parasita, criada pelas elites reinantes de um sistema pós-colonial copiado e completamente alheio ás tradiçãcao onde prolifera a corrupção e o caos ).

Por outro lado, o livro dá a conhecer o papel que as potências estrangeiras têem tido em África desde os tempos coloniais até a época pós - colonial ( o efeito que esses sistemas colonias tiveram na estagnação de África ), e mais infere, que o futuro dessa interferência deverá ser em conjunção com os governos Africanos que deverão chamar a si a responsabilidade de investir num ambiente que é dificil mas não impossível. A posição dos países estrangeiros neste século XXI não deve ser só como um médico que prescreve uma medicação para resolver uma doença... ou de investimento com empréstimos enormes a governos dictatorias e corruptos que só sangram o pobre povo Africano... mas sim de ajudar os governos de cada pais a solucionar a crise usando os seus próprios meios e sem rejeitarem as suas próprias tradições e modos de estar na vida.

Por fim o autor enúmera 10 soluções ( a que ele chama os 10 Mandamentos para os intelectuais de África) para a resolução da crise em África que se seguidas puderão tirar África do caos em que caiu e levar a esperança aos milhares de africanos traumatizados.
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