A vida real em Cuba
(Revista Época)
Revista Época - 06 de Agosto de 2007A vida real em Cuba - Mauricio Vicent
O único país comunista do Hemisfério Ocidental impressiona por suas conquistas na área da educação. Em Cuba a proporção de professor por habitantes é de 1 para 40, uma das maiores do mundo. São cerca de 800 mil pessoas com curso superior e 1,5 milhão com formação técnico-profissional. O problema é que não há mercado de trabalho para tanta gente qualificada.
Fechada para o comércio com os EUA, sem a renda extra que a URSS e o bloco comunista da Europa garantiam até 1991, e ainda com o regime controlando toda a atividade econômica, Cuba apenas sobrevive. Com um mercado que pouco se desenvolve, há grade dificuldade para absorver tanta gente qualificada. As carreiras mais convencionais, por terem maior oferta de profissionais, são as que pagam menos. Logo, pessoas com diploma de medicina, engenharia, etc, acabam optando por profissões alternativas. Um artesão, por exemplo, pode ganhar em um dia o que um médico ganha em três meses. Um empregado do setor turístico, se receber gorjetas em moeda estrangeira, pode ganhar dez ou vinte vezes mais do que um ministro. Quem mais sofre com isso são os jovens: para se comprar um computador é necessária a autorização do governo e são minoria os profissionais que recebem o direito de abrir uma conta de internet privada.
O salário mínimo é de 225 pesos, cerca de U$10. Com tantas dificuldades os profissionais tem muitas vezes que renunciar as suas vocações e aos seus diplomas em busca de melhor condição financeira.
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