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Um Mundo Ameaçado
(Mauricio Soares de Carvalho)

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UM MUNDO AMEAÇADO



Se você pensa que o futuro será uma simples continuação do passado - acredite - está na hora de rever conceitos. Estamos assistindo ao fim do crescimento continuado, porque ele excederia de longe a capacidade da terra de sustentar uma civilização baseada nos atuais estilos de vida. O modelo que garantiu crescimento econômico exponencial á partir do século XVIII e que permanece inabalável até os nossos dias, começa a dar sinais de esgotamento. Os principais impulsionadores da expansão econômica mundial (divisão e especialização do trabalho, amplo comércio internacional, poupança e investimento, monetização e remuneração da agricultura, emprestar do futuro, extração de recursos naturais de alta qualidade e aumento da eficiência tecnológica) encontram-se em processos de exaustão. Tomar emprestado da natureza ao explorar recursos não - renováveis, é na verdade, quase um roubo, pois não existe possibilidade de reembolso. Á cada dia estamos ficando sem inúmeros recursos de alta qualidade para explorar (solo, água doce, peixes, florestas virgens, minérios diversos, petróleo, gás natural e principalmente capacidade de assimilação do lixo tóxico). De fato, todos os produtos e serviços são de certa forma virtualmente dependentes de energia – ou seja, de energia convertida em trabalho útil. Foi essa tendência de longo prazo que possibilitou a substituição do trabalho humano e animal por máquinas movidas a combustíveis fósseis baratas. Como conseqüência; facilitaram-se os processos industriais produtivos, aumentaram-se as economias de escalas, diminuíram-se os preços expandindo a demanda – e o reflexo inexorável - foi o extraordinário impulso do crescimento capitalista. No entanto, o previsível esgotamento desse modelo de crescimento, já vem a algum tempo acirrando a competição por terra, água, locais de pesca e energia. E em toda parte do mundo tem surgido conflitos violentos – muitos disfarçados como de natureza étnica ou religiosa. Com a iminência da escassez de recursos naturais os custos e os preços irão ás alturas, inviabilizando a produção e a demanda por bens e serviços, obrigando a população humana a escolher novas formas de sobrevivência.
A vida em 2100, na visão de Roberto Ayres(especialista em estudos de mudanças tecnológicas e meio ambiente e professor do Insead de Fontainebleau na França) sofrerá profunda mudança de paradigma. As mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global, derreterão geleiras como a da Antártida e aumentará o nível do mar, tornará inabitáveis ilhas baixas, regiões costeiras e muitas cidades litorâneas. Regiões inabitáveis, grandes secas, furacões, tufões e tsunamis, provocará grandes migrações com número enorme de refugiados, gerando grandes custos e graves problemas sociais . Para Aires, no século XXII haverá drástica redução do consumo de energia oriunda do petróleo e será ampliado o uso de novas formas; como energia solar e eólica. Os automóveis serão menores, mais leves e mais econômicos – em parte porque as famílias serão menores já que ter filhos será extremamente custoso. A água potável será caríssima e a de esgoto sofrerá tratamento para reutilização. Haverá um decréscimo considerável na população mundial que estará bem nutrida com uma dieta não baseada em comida animal. E a maior parte da agricultura será dedicada ao consumo humano e não para os animais. A produção industrial será quase que totalmente robótica controlada por computadores. A educação, o entretenimento, as artes, a saúde, proteção ambiental serão de longe os maiores empregadores na economia do século XXII.
A busca pela sustentabilidade até 2100, passa necessariamente pela adoção de alguma forma de governo mundial, amparado por lei internacional e poder de policia que promova a paz e a segurança. Pela necessidade de sobrevivência, a nova ordem mundial futura exigirá solidariedade logística entre todos os paises. O cuidado com os recursos naturais, a criação de um sistema mundial de distribuição de água, a implementação de uma rede internacional de energia, investimentos em educação ambiental e ciências, novas formas de transportes econômicos e não poluentes - e a eliminação da pobreza - serão medidas que certamente contribuirão para preservação da vida humana na terra.


Mauricio Soares de Carvalho
Economista e Especializando em Marketing pela Unicamp
Email [email protected]



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