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Bóris e Dóris
(Luiz Vilela)

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É uma história baseada no diálogo de um casal, que se ama, mais que tem modos de vida completamente diferentes do ponto de vista contradição. Tudo se passa em um hotel-fazenda, ao qual estão hospedados.
Bóris é um empresário já tomado pela idade que trabalhou toda sua vida arduamente por uma promoção ou reconhecimento, sempre com conversas curtas e secas, modo como tratava a todos inclusive Dóris.
Dóris é a esposa jovem, depressiva, cheia de sonhos, mais que ao mesmo tempo se vê tomada pelo vazio, se pega em um plano de alucinação no qual trai o marido.
Estes encontravam-se hospedados em um hotel-fazenda, a espera angustiante de uma convenção do grupo empresarial no qual Bóris trabalhava, na qual será oferecida a tão sonhada promoção. Enquanto esperava o carro que viria busca-lo, Bóris e Dóris deliciavam juntos um café da manhã, digamos nada romântico.
Enquanto um sentia-se na necessidade de desabafar o outro menosprezava aquele mundo ao qual não pertencia, o da inferioridade, com apenas uma coisa em comum o medo de no fim da vida não atingir o tão princípio dela existir.
Durante a narrativa Bóris aparece o tempo todo inquieto com o tempo que não passava, e Dóris na melancolia de um tempo que não para.
O dialogo se divide num pedaço de manhã no salão do café, e o restante a noite no quarto do casal, quando Bóris retorna de sua tão importante reunião, agora arrasado, por não ter sido ele o promovido, o reconhecido, e mais ainda por se sentir incapaz pois que seu tão sonhado cargo, foi oferecido a alguem muito mais jovem e sem experiência, mais que tem um ponto de vista atual, no fim a conformidade com a vida ser do jeito que é, e que mesmo que as coisas não sejam como gostaríamos que fosse elas são, e que o tempo não para.
Assim deixa retratado pelas entrelinhas, a realidade que todos vivem, de uma sociedade sem perdões, com seus sonhos e medos, e de um tempo que não para, e uma vida, que como esta narrativa de 80 páginas, chega ao fim.



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