Kancheli.
(Alfredo Votta Junior)
FF – pp Alfredo Votta, 8 de Janeiro de 2007 Reparava em alguns filmes, mesmo que assista a tão poucos, em certas transições, ou melhor, cortes de uma cena para outra, que a primeira fosse muito barulhenta e a segunda silenciosa. Quem faz o filme não liga, ou melhor, bem provavelmente faça isso de propósito: uma cena barulhenta, outra muito quieta. Não me lembro se descobri sozinho ou se li antes de perceber, mas as composições de Giya Kancheli fazem a mesma coisa. Quer dizer, sempre percebi nelas os cortes abruptos, mas depois é que me ocorreu ligar isso ao cinema; aí é que não sei se entendi sozinho ou li antes. Mas não importa; esta é uma nova influência para a caixinha de influências e mil janelas abertas para entender melhor Kancheli. Quer dizer que preciso do cinema para entendê-lo? Não, não se trata disso. Hm, talvez se trate, sim. Mas isto não é importante. Ao ouvir música, mesmo que pense muito em música, não terei recorrido a mil tipos de pensamentos não musicais? Situações, paisagens, cores, palavras ou o que mais apareça. Cinema é mais uma delas. Aliás, cinema sempre foi uma delas, e uma das principais, e sem que isso implique em pensar em trilha sonora musical necessariamente. Quero dizer, esse exemplo mesmo da cena barulhenta e da cena silenciosa não é obrigatoriamente musical. A cena barulhenta pode ser de tiros na guerra, ou de multidão, ou outras máquinas funcionando. Falei que se tornou uma nova influência porque .....www.alvotta.net
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