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Gestão do seu dinheiro ( 9 erros - ERRO 4)
(Dany)

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Gestão do seu dinheiro ( 9 erros - ERRO 4) - Perder o controle das dívidasFicar
no "vermelho" por causa de uma emergência ou de um descuido eventual não
é demérito para ninguém. O crédito bancário existe exatamente para
isso. Mas pagar juros no cartão de crédito ou no cheque especial com
freqüência é, obviamente, um erro drástico. Seja simplesmente pelo fato
de se gastar mais do que se ganha, seja por não querer sacar o dinheiro
aplicado no banco. Não há investimento que compense os juros
exorbitantes do cheque especial e do cartão de crédito, os maiores do
mercado, hoje na faixa de 9% ao mês. A essas taxas, uma dívida dobra de
valor em apenas apenas oito meses. Imagine, por exemplo, que você
pagaria, em média, 450 reais de juros por mês ao banco se tivesse com
um saldo devedor no cheque especial de 5 000 reais durante o mês
inteiro. Se a sua renda líquida mensal fosse de 3 000 reais, isso
representaria 15% do seu ganho total. Trata-se de um dinheiro que
poderia ir para a poupança ou custear os prazeres da vida. Num ano,
numa conta grosseira, isso representaria 5400 reais, ou seja, o
equivalente a quase dois meses de salário! Segundo especialistas do
mercado, muita gente incorpora o limite de crédito dado por bancos e
administradoras de cartões como parte da renda familiar. Às vezes, ao
juntar todas essas facilidades, a capacidade de compra pode até dobrar.
O cliente fica com a sensação equivocada de poder consumir mais, sem se
dar conta de que, na prática, ao usar boa parte de sua renda para o
pagamento de juros, estará dimi- nuido o seu padrão de vida. Algumas
famílias, ao perceber que ultrapassaram seus limites de crédito, vão
além: decidem vender terrenos, imóveis, carros e outros bens para
solucionar seus problemas financeiros. Isso pode até ajudá-las a sair
do sufoco. E é mesmo preferível usar esse capital para pagar dívidas
com taxas de juro elevadas a continuar no vermelho. Mas de nada
adiantará vender os bens para liquidar as dívidas se não houver um
corte nos gastos, pois o problema reaparecerá a médio prazo. Há cerca
de um ano, o consultor Erasmo Vieira, da Planner Finanças Pessoais, de
Belo Horizonte, diz ter sido procurado por um médico de uma tradicional
família mineira. Segundo o consultor, a renda mensal de seu cliente era
de 39 000 reais, valor mais do que suficiente para qualquer mortal
levar uma vida extravagante. No entanto, diz ele, a família do médico,
cujos gastos chegavam a 46 000 reais por mês, vivia endividada. Eles
atrasavam até o pagamento da conta de luz e, dos nove cartões de
crédito que tinham, apenas um era pago em dia. Só de juros a conta
somava na época 6 000 reais mensais, de acordo com o consultor. Durante
cinco anos, a família contou ter vendido imóveis e outros bens para
tentar sanear suas finanças. Até perceber que, se não decidisse fazer
alguns cortes nas despesas, acabaria dilapidando todo seu patrimônio
sem conseguir equilibrar o orçamento.



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