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A Familia Mudou?
(Filemon e Adriane Cirelli)

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A FAMÍLIA MUDOU...
Muito se tem indagado acerca da família atual. Quase sempre com um pessimismo solto no ar. Pais e educadores assumem um saudosismo melancólico. Filhos não querem nem conhecer a realidade de um tempo que eles não viveram. A família é uma instituição ligada à História.
Mas afinal? O que aconteceu com a família? Ou melhor, o que está acontecendo com nossas famílias? É preciso rever o tempo através da História. As alterações de comportamentos não acontecem isoladamente de um contexto sócio-histórico.
Nas últimas décadas, a queda do muro de Berlim, a hegemonia do capitalismo com o fim da guerra fria, os atentados de 11 de setembro alteraram as relações humanas com o poder. As mudanças na comunicação através dos satélites, da Internet, dos celulares afetaram as relações sociais. A autoridade passou a ser questionada quando Collor foi deposto, pela ação, por exemplo, do Comando Vermelho.Quem manda?
Ocorreram também mudanças nas relações de valores. O corpo mais apreciado deixou de ser o robusto para ser o mais leve. A beleza exterior foi exaltada, valorizou-se a aparência. O consumismo encontrou espaço através dos produtos descartáveis, do avanço dos shoppings, das grandes marcas e da infinidade de atrações.A indústria dos cosméticos conheceu a explosão do sucesso.
Mudaram também o conceito de intimidade e prazer. Surgiram os anticoncepcionais, as novas formas de união, a brevidade do “ficar”. A mulher sai de casa e compete profissionalmente com muitos homens.
As relações com o tempo e o espaço ganharam uma nova versão. É preciso viver o momento atual que não pode apresentar dificuldades. Cultivamos o agora e o fácil. As drogas ganharam espaço.
O prestígio social se alterou. Importa a cultura, o saber, à sabedoria, à honestidade, entretanto, o que aparece é o carro, a casa, o ter. A guerra do vestibular se depara com o desemprego dos graduados.
A noção de Deus como autoridade celeste e punitiva também foi alterada. O homem descobre Deus na justiça social, na solidariedade, na fraternidade. A religião saiu do templo para a realidade social.
A autoridade dos pais passou a ser um combinado entre duas partes. A figura do professor deixou de ter prestígio e em muitos momentos gozar de respeito e admiração. Nas escolas não mais se fica em pé quando o diretor entra nas salas ou quando se recebe uma visita em sala de aula. Os uniformes são mais práticos e informais através das camisetas, bermudas e shorts.
A família mudou porque a História é dinâmica. Poderia a família se manter inalterada diante da História? Poderiam os filhos agir da mesma forma que seus pais?Poderiam os filhos possuir o mesmo vocabulário de seus pais?
Diante das revoluções sociais somos convidados a viver o hoje e o agora. Não crescemos se vivemos encarando o presente como melhor ou pior do que o ontem. Precisamos viver hoje. Somos convidados a educar no hoje, superando os erros do passado e preparando nossos filhos para o amanhã. Os desafios são inúmeros e constantes mas são eles que dignificam a nossa missão.
Precisamos assumir e lutar pelos valores imutáveis diante da História: limites, respeito, amor e fé.Se hoje a mulher trabalha fora do lar, o que diríamos às mães de ontem que estando em casa enviavam seus filhos aos internatos e os buscavam nas férias?
Uma certeza não pode se perder, o controle dos lares está nas mãos dos pais. Diálogo é fundamental mas a relação pais e filhos não são horizontais, é vertical. Pais educam e filhos são educados. (Adriane Albuquerque Cirelli, Jerson Aranha).




(Jerson Aranha)



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