O problema é estrutura organizacional nas empresas (parte I)
(Elías Nova Nova)
Este é um assunto que abrange tanto às empresas capitalistas, próprias do sistema de livre mercado, que buscam a obtenção de lucro e decidem sua própria política econômica, quanto àquelas que atuam em um sistema econômico coletivizado, e que têm como objetivo o cumprimento de metas impostas através de um plano traçado pelas autoridades econômicas do estado.O que dá a uma instituição o caráter de empresa, seja qual for o sistema econômico e social em que esteja inserida, é sua atividade e não seu objetivo. Com isso pode-se afirmar que uma empresa é a combinação de bens materiais e de trabalho ou capacidade humana com a finalidade de produzir bens ou serviços para satisfazer necessidades específicas.Saber gerenciar o desenvolvimento das empresasNo transcurso da história pode acontecer que a empresa tenha um crescimento muito rápido, alcançando dimensões tais que os dirigentes da entidade perdem o controle sobre a totalidade de seus processos. Torna-se então manifesta a necessidade de adotar uma adequada política de descentralização, que aplique também à alta direção o princípio da divisão do trabalho sem perder ou diluir o foco principal. É freqüente encontrar essa situação em empresas de tamanho médio ou em companhias familiares, cujo crescimento se dá com rapidez em determinadas circunstâncias, que a diretoria (por inércia, desconfiança ou simples incapacidade de delegar um número cada vez maior de funções diretivas) pretenda continuar controlando todo o processo empresarial.Como fazer uma boa gestão empresarial?Para não atrapalhar o andamento da sua missão, a direção da empresa dispõe de diferentes procedimentos que podem ser classificados como instrumentos de planejamento, de organização e de controle empresarial.Existem vários tipos de planejamento de acordo com o tipo de cada empresa. Há setores produtivos em que as oscilações imprevistas do mercado, a escolha de opções que implicam grandes riscos e outras circunstâncias (intrínsecas ou extrínsecas à empresa) impõe um sistema de planejamento flexível, capaz de adaptar-se em qualquer momento a um ambiente em mutação. Mas também há setores em que o planejamento deve ser muito rígido, com um grau bastante preciso de explicitação numérica dos resultados em cada uma das seções da empresa. É este habitualmente o caso das empresas estatais nos países de economia dirigida.Como organizar?A finalidade principal de toda organização é conseguir a maior eficácia possível no conjunto de operações que compõem a atividade da empresa. Para isso, é preciso que a direção defina as funções, obrigações e responsabilidades dos diversos cargos e níveis hierárquicos, tratando de evitar lacunas e superposições. Além disso, é de bom senso elaborar a rede geral de informações da empresa, através da qual as ordens e diretrizes circulem da maneira mais fluente possível, desde os escalões superiores até os mais inferiores, enquanto os resultados e as informações referentes ao controle fluem em sentido contrário.A organização, quando bem imaginada, planejada e executada deve permitir que a direção da empresa se ocupe exclusivamente das questões importantes. Os problemas menos relevantes se solucionam em níveis inferiores da estrutura pelos gerentes ou supervisores que têm autonomia e recursos suficientes para isso, sem que a alta direção tenha que lhes dedicar seus esforços. O fato de que os diretores se vejam forçados a tomar decisões em assuntos de pouca importância denuncia falha na organização da empresa. Saber organizar com base em princípiosPrincípio da unidade de objetivos. A estrutura organizacional da empresa deve ser uma célula vida que facilite a contribuição de cada indivíduo, departamento ou órgão para atingir os objetivos da entidade como um todo, isto é, todo mundo caminhando na mesma direção, olhando para o mesmo horizonte.Princípio da eficiência. A estrutura deve ser eficiente para facilitar à consecução dos objetivos propostos pela diretoria com um mínimo de custos.Princípio da amplitude da autoridade. Faz referencia ao número de subordinados sobre os quais um chefe exerce controle direto e efetivo. Que dizer que quanto maior essa amplitude, isto é, quanto maior o número de subordinados diretos, mais difícil é, para o chefe, manter um controle eficaz sobre as atividades deles. Se numa organização restringe muito essa amplitude através de níveis hierárquicos criando um número excessivo de escalões as informações que deveriam circular entre eles têm que percorrer muitos passos antes de chegar ao indivíduo que dela precisa. Isso provoca além maior lentidão no processo decisório também distorções nas informações bases para a tomada de decisões, portanto se traduz em falta de eficácia.Princípio de divisão e especialização do trabalho. Refere-se aos casos de tarefas repetitivas e rotineiras, que são as mais freqüentes no cotidiano de alguns setores de uma empresa. A divisão de trabalho entre vários indivíduos ou grupos, dedicados a atividades específicas, permite centralizar a atenção em um número menor de operações ou problemas, trazendo maior rendimento com o mesmo esforço, no fundo deste principio está a filosofia da linha de montagem especializada.Princípio unidade de comando. Em toda empresa todo subordinado tem, em geral, um chefe do qual depende diretamente em seu trabalho. Na prática, contudo, é freqüente o cruzamento dos fluxos de autoridade. Assim, por exemplo, o trabalhador de uma oficina depende de seu supervisor, mas em questões referentes à disciplina pode estar subordinado ao chefe do pessoal. Em princípio, a unidade de comando significa que a organização deve estar disposta de modo tal que, em caso de conflito entre ordens emanadas de autoridades diferentes, fique clara a precedência de uma delas sobre as outras.
Resumos Relacionados
- Introdução A Administração - Processo Organizacional
- Planejamento Mercadologico
- Downsing Conceito E Definição
- Componentes Da Gestão Estratégica Em Administração De Empresas
- O Problema é Estrutura Organizacional Nas Empresas (parte Ii)
|
|