Quando eu sonho
(Jean Faust; Cigarra)
Quando eu sonho O sonho coletivo, todos juntos sempre, eternamente, constitui a regra intangível do universo. É essa a existência verdadeira, mesmo se os humanos não o sabem. Entretanto, o que sabem os humanos? Sabem mesmo que isso seja extraordinário? Suas insignificantes aparências, de vidas miseráveis, eles chamam a isso viver, eles crêem gerar grandes realizações, construir prédios, compor sinfonias. Pouco importa, uma vez que a vida individual sobre a terra representa uma simples anormalidade, uma espécie de fantasia, repetida milhares de vezes há milhares de anos. É necessário crer que “Ele” não se cansa lá em cima, em relação a uma extravagância, uma bobagem, uma excentricidade, que termina sempre, após um certo atraso, por se resolver espontaneamente.
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