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A linha da sombra
(Joseph Conrad)

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“A linha da sombra” – Joseph Conrad A linha da sombra descreve-nos metaforicamente a passagem da adolescência para a maturidade.Hoje, ao reler esse delicioso texto, posso entendê-lo claramente – tão límpido como o próprio oceano que tanto fascinou o autor. Tentarei levá-los a perceber tal passagem, pois estou certa de que a reconhecerão... Para adentrarmos ao que chamam “mundo adulto”, somos obrigados a lançar ao mar tudo o que até àquele momento havíamos amado, pois que, nessa transição, jamais poderemos levar conosco aquilo que nos causa amor. Sorriso espontâneo? Amor impessoal? Descobertas inusitadas? Esqueça-os! Obrigados a lançar ao mar rodas as encantadoras lembranças da infância, estaríamos finalmente prontos a fazer parte de um novo universo. Como se devêssemos, então, deixar que uma onde monstruosa levasse ao fundo desse mesmo mar a nossa infância e adolescência. Tentei entender o por que de não se poder levar essas “bagagens”. Comecei a refletir acerca da possibilidade de se tentar enganar o destino. Por que haveria de ser regra afogar aquilo que amamos? Baixar velas, subir âncoras, zarpar. Iniciei a leitura de manuais de oceanografia, que me esclareceram dúvidas acerca do manejo de velas, tamanho das ondas, mas nada encontrei sobre instruções para se preservar as tais “bagagens”.A “linha da sombra” aproximava-se rapidamente e, como nuvens tremendamente escuras, pairava sobre o meu navio. Em meio a velas e Âncoras, continuava questionando a existência de alguém que, como eu, também quisesse levar – secretamente = as “bagagens”...se houvesse alguém...se houvesse um modo...eu descobriria! Recusava-me a romper as delícias da infância...recusava-me a jogá-las ao mar, no entanto, como pertencer a dois mundos tão antagônicos? Precisava encontrar rapidamente um sinal de que haveria exceção.Você não percebe? Dizia-me um “eu” interior. Ninguém jamais ousou pisar do outro lado sem ter jogado ao mar tudo o que antes lhe fora importante. Encare os fatos. Pare de ser tola. Um mundo “fascinante” a aguarda. É só saber...é só ser...sofregamente ele = meu “eu” interior disse: “saiba jogar e ser conveniente”. Não deu tempo para maiores reflexões, a tempestade havia começado. Livrava-me de uma onda, no entanto, outra mais gigantesca envolvia todo o navio. Perdi por completo o sentido da navegação... o navio seguia sem rumo. Ondas...ondas...ondas...até que o mar acalmou-se e a bússola milagrosamente começou a funcionar novamente. A “linha da sombra” havia ficado para trás... Cá estou – hoje – descobrindo em um texto de Conrad o que realmente ocorre em nossa vida. Descobrindo e tendo a certeza de não estar sozinho...atravessei a “linha”...Mas descobrindo que algo muito importante também...a de que, após a tormenta, vem a paz...e que há pessoas, sim, que conseguiram atravessar essa “linha de sombra” carregando consigo a sensibilidade e a delicadeza de uma infância interminável. Existe aquilo que fica em nossas mentes. Momentos e pessoas que se tornam partes importantes – muito importantes daquilo que – hoje – somos. Esse texto é dedicado a uma dessas pessoas. A alguém que deu sinais evidentes de ser exceção. Todos nós, ao adentrarmos o mundo adulto, poderemos reconhecer alguém...um professor, um amigo, alguém que atravessou essa linha , mas conserva a beleza infantil no olhar, acredite!



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