Segredos da Voz – Parâmetros: Timbre:
(Manuela de Sá)
A tonicidade dos músculos laríngeos, a versatilidade dos constritores faríngeos e a elasticidade da mucosa das cordas vocais, a musicalidade e o temperamento do cantor contribuem para caracterizar a individualidade do timbre.
A qualidade da voz não significa necessariamente qualidade tímbrica. Se ouvirmos gravações do mesmo cantor, em períodos distintos, como por exemplo uma gravação de um início incipiente e outra de uma fase técnica segura e amadurecida, veremos que a qualidade tímbrica é reconhecível, permanece, enquanto a qualidade da voz (a que patenteia o bom funcionamento de todos os elementos, traduzida na beleza das vogais nos diversos registos e intensidades) é alterada.
O timbre é a impressão digital do cantor.
Trata-se de um conceito que engloba vários parâmetros a considerar: volume; espessura; mordente (brilho); cor (clara ou escura). Geralmente, a apreciação do timbre de uma voz é empírica, sensorial, mas existem aparelhos de nome espectógrafos que indicam os harmónicos reforçados em determinada vogal, e a intensidade de cada um deles. Além do timbre vocálico (que se refere apenas ao que é característico das vogais, independentemente do timbre particular de cada voz) mostra também o timbre extra-vocálico, que é o que caracteriza a voz do indivíduo independentemente das vogais, e também as zonas do espectro que caracterizam o volume, a espessura e o brilho.
O professor não pode gerir-se apenas pelas suas preferências estéticas quanto ao timbre do aluno. É importante que ele analise o funcionamento do mecanismo vocal através da qualidade de emissão, e que consiga levar o aluno a encontrar o funcionamento ideal, regido por leis naturais de flexibilidade, bem-estar e pouca fadiga.
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