Resumo de Solidão - Rubens E. M. Novaes

“ Solidão ” 03

É um sentimento de sofrimento que realça a dor em nossos corações, a sensação de sentir-se só no mundo, desamparado, angustiado, de sentir-se incapaz de se comunicar.
Uma sensação de ter perdido a paz interior, tão importante para nosso equilíbrio emocional, porque talvez tivesse construído essa paz em base frágil, não sólida que é o ser humano. A sensação de solidão é sentir que foi perdida a afinidade com as pessoas e que a sintonia pela vida está fora de estação. É sentir-se indefeso.
Com a finalidade de dissipar a solidão procure encontrar no ser humano um aspecto mais positivo para criar um relacionamento de afinidade para não se sentir só. Procure uma atitude mais abrangente e fraca de se relacionar dissipando o medo e a apreensão na sua forma de agir, de se sentir uma pessoa estranha, mas sim, de se sentir mais sociável mais a vontade com o semelhante.
Não acostume esperar que outras pessoas tomem a iniciativa de criar a possibilidade de aproximação, sentindo-se bloqueado até mesmo incapaz ou indiferente de fazer a abordagem criando barreiras que possam promover sensações de isolamento e solidão. Essa abordagem deverá ser necessariamente acompanhada do majestoso sentimento de compaixão.
Não se intimide por se expor ou sinta dificuldades para se comunicar com os demais, o que carece são determinadas regras sociáveis. Desenvolva essa conduta, essas regras para melhor se relacionar como estratégia a desvanecer a solidão.
Não se sinta só, sentindo-se revoltado esquecendo assim os sonhos que carregavas. Existem tantos solitários na face da Terra que não perceberam estarem envoltos nos braços do egoísmo deixando de serem prestativos à sociedade e até mesmo deixando de lado o prazer de viver, que em sua essência é a procura da felicidade. Reflexione a conquista desse feito a seu próprio favor e se sentirá bem melhor.
Enquanto se mantiver acreditando que estará só e triste, frustrado nos desejos que ansiava, perdido em pensamentos pessimistas, não perceberá que estará deixando uma porta fechada para a entrada das oportunidades de fazer amizades com pessoas otimistas.
A solidão é como a ilusão da beleza que por sua vez é como a superfície de um lago que se apaga ou se modifica com simples soprar do vento, deixando assim de espelhar aquele céu estrelado e sonhador. Talvez estivesse refletindo sonhos impossíveis, irreais, desejando aparente felicidade que se desmoronou numa avalanche.
Eis aqui uma historia que ressalta a solidão que o ajudará em sua reflexão da vida. Existia um homem avaro e egoísta que vivia só em sua solidão, durante os anos que passavam ele foi acumulando uma grande fortuna, mas num belo dia resolveu desfrutar dessa riqueza antes que fosse tarde, pois já se fazia com certa idade, então, inesperadamente teve a visita do Anjo da Morte, para levá-lo consigo. Este homem suplicou apelando com todos os argumentos possíveis para que pudesse viver deixando assim de lado, aquela solidão que sentia, que vivesse um pouco mais, mas o Anjo estava inflexível.
Conceda-me alguns dias e lhe darei metade da minha fortuna, suplicou aquele homem, mas o Anjo não quis ouvir. Conceda-me então, um dia, lhe imploro, disse ele, e você poderá ficar com toda a minha fortuna, mas o Anjo continuava indiferente.
Depois de tanta insistência o Anjo lhe concedeu alguns minutos e foi o tempo suficiente para que aquele homem escrevesse a seguinte nota:
“ A quem possa interessar: se você possui o necessário para viver, em questão de amor e dinheiro, não perca tempo vivendo em solidão e querendo acumular fortuna. Viva, porque no instante que o Anjo lhe chamar, você não terá mais tempo em desfrutá-lo.”
Portanto, retire aquela única semente que está dentro da arca de madeira e bronze em seu coração, está só e desventurada, para plantá-la em solo fértil do destino que será desdobrada em bênçãos.
Acabe com sua solidão, vencendo-a com a prática da cordialidade e compaixão com os demais, pois servirão de escudo e espada a fim de afastá-la definitivamente de sua vida.
Rubens Martins Miami, 10/Novembro/01. São Paulo, 17/10/2007

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