Troca de radiografia provoca morte na Itália.
(Jerson Aranha)
Troca de radiografia provoca morte na Itália. Duas pacientes com mesmo nome. Uma troca de radiografia. Uma operação por engano. Resultado: A morte de uma mulher de 54 anos, esta semana, em um hospital de Bolonha, no norte da Itália. A senhora, que não teve o nome divulgado, passou por uma intervenção cirúrgica no rim, mas estava em perfeito estado de saúde e morreu dois dias após a cirurgia, devido a uma embolia (obstrução de um vaso). Assinala-se aí uma polêmica. Nos grandes hospitais do mundo, já é possível se instalar um chip, criado pela empresa VeriChip, filial da Applied Digital Solutions, de Palm Beach, na Flórida, que apresenta todo o histórico médico do paciente, com a simples leitura de um código de barras. O chip, do tamanho de um grão de arroz, é simplesmente aplicado com uma injeção nas primeiras camadas da pele e apresenta múltiplas funções. Desde o entretenimento, como identificar clientes vips em boates de Barcelona, salvar espécies em extinção (uso ecológico) ou o uso comercial, permitindo a passagem de funcionários ás áreas protegidas de uma empresa. Os microchips, que foram liberados para comercialização pelo FDA em outubro de 2004, possuem código numérico de 16 dígitos. Esta senha pode fornecer todo o histórico médico de doentes que tem dificuldade de se comunicar, como por exemplo, os portadores do Mal de Alzheimer. Todavia, as associações de direitos civis estadunidenses reclamam sobre o que consideram uma invasão da privacidade das pessoas. Já as empresas argumentam que o uso do microchip de identificação é voluntário. Ou seja, os funcionários escolhem se querem ou não o implante do chip de silicone. Em setembro de 2007, a VeriChip já estimava que, cerca de duas mil pessoas, têm esses chips implantados em seu corpo e podem salvar suas vidas em situações emergenciais. A empresa, que pretendia conseguir um mercado de 45 milhões de pessoas só nos Estados Unidos, insiste que os chips são seguros. A FDA também defende a aprovação dos aparelhos. Os opositores ferrenhos do mecanismo apontam que, caso seja utilizado, os assaltantes retirariam o implante das pessoas, levando todos seus dados e dinheiro. Em segundo plano, as pessoas poderiam ser monitoradas via satélite. Os últimos estudos científicos indicam que os chips causam câncer em ratos de laboratório, devido à radiofreqüência. "Os microchips eram a causa dos tumores", disse Keith Johnson, patologista aposentado que liderou um estudo sobre os aparelhos na empresa Dow Chemical em 1996.
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