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Perigo para a Biodiversidade
(Adaptado de Harold G. Fowler; Ciência Hoje - dez. 1998; n.145; p. 62 - 63.)

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PERIGO PARA A BIODIVERSIDADE. A DESTRUIÇÃO ou alteração, em todo o mundo, de diferentes ecossistemas é hoje uma séria ameaça à sobrevivência de grande número de seres vivos. Apesar das advertências e dos esforços de cientistas e entidades conservacionistas, o desaparecimento de plantas e animais, alguns ainda desconhecidos, é contínuo - um exemplo é o Íbis Japonês (nipon nipon) ave-símbolo do japão, extinta em 1996. O risco de extinção é maior no caso de espécies que apresentaram, nas últimas décadas, redução constante de suas populações. Mas há dúvidas em relação ao número real de animais em risco de não existirem mais. Os que correm risco têm várias características em comum. Geralmente estão restritos a certas localidades geográficas (são endêmicos), têm pequeno porte e são muito ligados ao ambiente físico, não podendo sobreviver e se reproduzir em outros locais. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), há no mundo inteiro 5.011 espécies de animais em perigo de extinção (até a data de publicação desse artigo). A "lista negra" desta entidade inclui 2.250 espécies de invertebrados, 1.047 aves, 762 peixes, 698 mamíferos, 191 répteis e 63 anfíbios.OS DADOS SOBRE BIODIVERSIDADE NO BRASIL. No Brasil, a IUCN registra 310 espécies em risco, o que corresponde a 6,2% do total dos animais ameaçados em todo o mundo. Já para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), só existem 207 espécies animais em perigo de sumirem do mapa (4,1% da fauna mundial ameaçada). A diferença pode ser atribuída a diversos critérios de avaliação de risco, mas ambas as listas podem ser incompletas. Em termos mundiais, se a proporção de espécies de mamíferos em vias de extinção (689 em 4.551) reistrada no banco de dados da IUCN fosse extrapolada para todos os outros grupos isso significaria, sem as necessárias correções, que pouco mais de 15% da fauna do planeta estaria em perigo de extinção! Mas como ainda é fraco o conhecimento sobre a fauna mundial, a estimativa real talvez aproximasse de 20% das espécies. Isso indica que a situação Brasileira pode ser pior, pois o percentual de espécies conhecidas de mamíferos "no corredor polonês" (12,3% no país) é menor que o percentual admitido para toda terra. Esse simples exercício matemático sugere, que o número total de espécies em cada grupo animal (exceto para os mamíferos) é subestimado tanto no Brasil quanto no mundo, em especial em grupos pouco estudados e que não sejam apreciados por observadores. São muitas os organismos desconhecidos nesses grupos. Assim, embora no Brasil os esforços de proteção da biodiversidade estejam dirigidos a animais grandes, como onças e macacos, o risco de extinção é maior no caso de animais menores, como os invertebrados. Falar em rico de extinção de invertebrados como um perigo para a biodiversidade talvez pareça algo sem muito sentido. Alguém poderia perguntar "para que servem, por exemplo, os insetos?" na verdade, eles são fundamentais, fato confirmado por inúmeros exemplos. Sem insetos não haveria colheita de certos frutos ou outros produtos agrícolas, porque eles são um dos principais agentes polinizadores de plantas da natureza. Também são importantes na cadeia alimentar, como parte da dieta de outros animais. Insetos sociais, em especial formigas e cupins, são responsáveis pela formação dos solos em ambientes tropicais. Alguns insetos sociais como a Saúva (Atta sexdens) e o Cupim de murundu (Cornitermes cumulans) são espécies-chave, está comprovado que mais de 200 outras espécies de vertebrados e invertebrados dependem desses organismos para sobreviver. Não se sabe quantas espécies-chave existem. Essas espécies ampliam e mantém biodiversidades e, portanto, a perda de poucas delas. Pode desequilibrar a biodiversidade regional e nacional. A BIODIVERSIDADE é sem dúvida, junto ao aquecimento global, uma das grandes questões ambientais da atualidade. Sem ela, não há engenharia genética, nem síntese de novos compostos farmacêuticos ou novas fontes de alimento. Proteger os seres - vegetais e animais - existentes no mundo não é um modismo, mas uma necessidade. O que é perdido hoje não volta mais. Adaptado de Harold G. Fowler, Ciência Hoje - dez. 1998, n.145, p. 62 - 63.



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