Um perigo real, atual e sem-fio
(Thalia)
Telefones celulares se tornaram essenciais no nosso dia-a-dia rapidamente. Não é surpresa ver que, nos últimos anos, equipamentos médicos não funcionam adequadamente por causa de celulares. Eles causam uma interferência perigosa a equipamentos médicos. Isto é um problema sério que pode causar inconveniências pequenas a lesões sérias ou até mesmo a morte. Há estudos que mostram que se o celular estiver sendo usado perto de um marcapasso no coração, o mesmo causa interferência. Foi provado que mais de um quarto dos pacientes com marcapassos implantados no coração poderiam ter tido problemas se estivessem usando telefones digitais sem fio.[BR]
A notícia boa é que a distância necessária ao telefone é de oito polegadas, para se ter certeza que o telefone digital sem-fio não causa problema algum. Outro fato interessante é que somente esses telefones que operam na freqüência de 900 MHz podem causar problemas. Telefones que operam na freqüência de 1800 MHz não causam problemas. Todos os pacientes com marcapassos precisam ter certeza de que não carreguem um telefone perto do marcapasso. [BR]Outra notícia boa é que a maiora dos novos marcapassos que estão sendo manufaturados atualmente têm a garantia de serem seguros para serem usados perto de telefones celulares. Inclusive, outros testes foram feitos com equipamentos médicos implantados, que ajudam os pacientes a inalar. Quarenta e um pacientes foram testados usando telefones digitais na freqüência de 900 MHz. Esses testes provaram que nenhum dos pacientes tiveram problemas. Os testes foram checados duas vezes, ao testar o mesmo equipamento médico, perto de uma área coberta por antenas de celulares. Entretanto, o segundo teste indica que um campo magnético forte, causado por muita energia de celulares, pode causar o desligamento temporário de equipamentos médicos. Logo, é recomendado que pacientes com equipamentos implantados para inalação fiquem ao menos a uma certa distância entre eles e o celular. [BR][BR]Nove marcapassos de quatro diferentes manufatureiros foram testados. Eles mostram inúmeros problemas, que foram causados por celulares digitais ou outros aparelhos pessoais de comunicação. Logo, usar qualquer tipo de celular perto de um paciente com problemas respiratórias, que é tratado com um marcapasso temporário no coração, pode ser bastante perigoso.[BR][BR]Em março de 1988, uma estação de TV de Texas começou a testar seu novo sistema digital de TV. Isso causou sérios problemas na universidade e centro médico de Baylor e em um Hospital Metodista. A interferência do sinal da TV interrompeu bruscamente a operação de monitores cardíacos de baixa energia e sem-fio. Eles usam a mesma freqüência que o novo sistema de TV. Essa interferência proibiu enfermeiras de monitorar seus pacientes com problemas cardíacos. Felizmente, nenhum paciente foi ferido. Entretanto, isto serviu como uma alerta para os planos de saúde, manufatureiros de equipamentos e para agências governamentais. Em julho de 1999, a Comissão Federal de Comunicações, que regula o espectro da rádio-freqüência, reuniu-se com representantes de vários partidos que foram afetados por esse problema. Esse foi um ótimo exemplo de cooperação entre a indústria e o governo. A comissão propôs estabelecer um Serviço Telemétrico Médico Sem-fio. Esta proposta destinaria certas freqüências, que seriam primariamente usadas para certificar-se de que equipamentos médicos críticos poderiam ser utilizados sem interferências. Quando a nova regra da Comissão se tornar realidade, será a primeira vez na história dos Estados Unidos em que telemetria médica sem-fio será o usuário primário do espectro de rádio-freqüência. (Telemetria médica sem-fio é definida como a medida e a gravação de parâmetros fisiológicos e de outras informações de pacientes, radiados por sinais eletromagnéticos bi ou uni-direcionados). [BR][BR]Embora o cenário acima seja único à introdução da TV digital, sistemas sem-fio - incluindo telefones celulares, transmissores e receptores de mão e de veículos são as únicas fontes de interferência de rádio-freqüencia. Alguns aparelhos médicos são especialmente sensíveis ao circuito usado em alguns celulares. Inclusive, a compatibilidade eletromagnética de equipamentos médicos em hospitais tem sido um assunto preocupante, já que a interferência de fontes de rádio-freqüência pode fazer com que aparelhos médicos ou equipamentos falhem.[BR][BR]O padrão internacional de imunidade à rádio-freqüência de equipamentos médicos foi estabelecido em 1993. Este padrão estabelece um nível mínimo de imunidade de 3 volts por metro. Entretanto, outras técnicas existem, que estão sendo incorporadas facilmente ao design de sistemas eletrônicos. Isso facilitará o "endurecimento" da maioria de aparelhos médicos de campos de rádio-freqüência, que são muitos mais poderosos que o nível usual de voltagem. Além disso, outra proposta foi feita. Esta proposta tem como objetivo minimizar a interferência eletromagnética em hospitais. Usar apenas os aparelhos de rádio-freqüência que são suficientemente separados de equipamentos médicos, desde que o equipamento possa sustentar esse tipo de interferência, pode ser feito. Tipicamente, isso é calculado usando um método chamado propagação no espaço livre, que só é válido em um caso ideal, e nem sempre funciona na vida real. Recentemente, um estudo foi feito usando um celular de 800 MHz em diferentes salas e corredores de um hospital. Esse hospital possuía corredores de gesso e argila. Os resultados foram comparados a cálculos feitos com o método de propagação no espaço livre. O resultado mostrou que o espaço livre superestima os campos medidos de interferência em salas de gesso, e ao longo de corredores de construções em gesso e argila. Entretanto, o modelo no espaço-livre subestima o campo de interferência em salas de argila, e corredores abaixo do solo. Logo, a administração de hospitais deve prestar bastante atenção a como os prédios hospitalares foram construídos, e que tipo de equipamento médico se está sendo usado nesses hospitais.
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