O FUTURO DE UMA ILUSÃO 
(SIGMUND  FREUD)
  
SIGMUND  FREUD – O FUTURO DE UMA ILUSÃO
  
 Freud ressalta que todo indivíduo é inimigo da civilização. O homem possui tendências destrutivas, anti-sociais e anti-culturais.  A impressão que se tem é que a civilização foi imposta por uma minoria que descobriu antes como dominar e coagir uma maioria. Com as privações que afetam a todos, a civilização separou o homem de sua condição animal. Elas são o centro da rixa individual com a civilização; os desejos suprimidos por ela retornam em cada nascimento. Dentre os desejos instintivos apenas o canibalismo parece não ser praticado de forma alguma, o incesto ainda é detectado em certas situações e o matar não só é praticado como ordenado por nossa civilização.  Segundo Freud, há elementos na natureza (terremotos, enchentes, doenças, etc) contra os quais o homem nada mais pode do que tentar remediar seus efeitos e trazem à mente humana a franqueza e o desamparo. Contra a civilização o indivíduo tem a hostilidade e a resistência, porém, contra a natureza e o destino, a própria civilização trata de atribuir a eles características humanas (de um pai), assim o indivíduo lida com deuses que lhe são conhecidos e não amedrontam tanto quanto a natureza fria e cruel. Os deuses intervinham ocasionalmente contra os terrores da natureza, como que “milagres”; quanto aos destinos, até os deuses tinham os seus próprios, não podendo fazer muito pelo do homem. Quanto à civilização, a função dos deuses se restringia a garantir a moralidade, e nada além disso.   Para Freud, já que o homem está irremediavelmente desamparado, resta-lhe a idéia de que sua alma é objeto de exaltação e elevação, as quais ocorrerão após a morte. Diz Freud que: o pai constitui para a criança, ao mesmo tempo, um período, um objeto de admiração e uma fonte de abrigo. As idéias religiosas são ensinamentos sobre a realidade aos quais só se chega através da religião, porém quando se vê a materialização da crença, o espanto sentido confirma a falta de firmeza do indivíduo na crença. Freud conclui que: as idéias religiosas são ilusões (e não erros) porque derivam dos desejos humanos, a realização deles é a motivação para crer. A essência da atitude religiosa é a busca pelo remédio para a sensação de insignificância diante do universo. A religião contribuiu para domar os instintos, mas não fez nada que tornasse a humanidade feliz e reconciliada  com a vida. Portanto, é impossível eliminar a religião pela força, de um só golpe, além disso, seria uma crueldade para alguns. E, caso o homem abandonasse de vez a religião teria que admitir para si mesmo que é desamparado no mundo e que não há uma providência que lhe criou e ampara. 
 
  
 
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