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Memórias Sentimentais de João Miramar
(Oswald de Andrade)

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or not tupi - This is the question”
José Oswald de Sousa Andrade se tornou o escritor que melhor representa a Fase da Destruição, da Arte da Guerra, rompendo totalmente com o tradicionalismo passado. Foi um dos grandes idealizadores da Semana de Arte Moderna – 1922 no teatro Municipal de São Paulo. Para William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães p. 443:
“A obra de Oswald de Andrade (1890 - 1954) representa um dos cortes mais profundos do Modernismo Brasileiro em relação à cultura do passado. Paulista de família rica, Oswald cursa direito e ingressa na carreira jornalística.”
Poeta da Primeira Fase do Modernismo, Futurista de Marinetti, fundou a Revista “O Pirralho” – 1911. Suas obras são: o Manifesto da Poesia Pau-Brasil – 1924; o Manifesto Antropofágico – 1928; Serafim Ponte Grande – 1933; Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade – 1927; Cântico dos cânticos para flauta e violão – 1945; Ô escaravelho de ouro – 1945; Os condenados (trilogia) – 1922/1934; Memórias sentimentais de João Miramar – 1924; Serafim Ponte Grande – 1933; Marco Zero - a revolução melancólica – 1943 e as peças teatrais O rei da vela – 1937; O homem e o cavalo – 1934 e a A mona - 1937.
Poeta deboxado, irônico, simultâneo e crítico do meio acadêmico e sociedade da época. Autor do flash cinematográfico se destacou com seus poemas curto em Memórias sentimentais de João Miramar. Em seu poema inovador sintético, curto, rico em neologismos critica o gramaticalismo das escolas tradicionais e convida a dúvida entre Prosa e Poesia. Como se vê nos textos abaixo:
“O capoeira— Qué apanhá sordado?— O quê?— Qué apanhá?Pernas e cabeças na calçada.”

“Erro de portuguêsQuando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.”


Nesta obra fica difícil divisá-las, pois a compõe entre frases, fragmentos de poemas, quebra a estrutura de capítulos regulares podendo até seus 163 fragmentos de textos serem encarados como pequenos capítulos da arte da guerra – a Arte Moderna. Todos numerados conforme publicação da época.
Conta as Memórias de João Miramar, cuja história é prefaciada por Machado Penumbra, personagem criada, cujo prefácio na verdade representa toda a criticidade do autor contra o academicismo pedante dos Pseudos Intelectuais da Época – em São Paulo de 1912/1918. No prefácio atira com as palavras da sua personagem, que representa o movimento alucinante que se tornou o modernismo em sua primeira fase:
"Esperemos com calma os frutos dessa nova revolução que nos apresenta pela primeira vez o estilo telegráfico e a metáfora lancinante.".
Considerada, por alguns críticos, autobiográfica trata-se de um romance sem estrutura de romance. Refletindo ainda sobre a vida de João Miramar, da infância a vida adulta com suas viagens e mulheres até a viuvez. Para Ulisses Infante, 2006, p.526:
“Memória Sentimentais de João Miramar é antes de mais nada, um texto experimental, que combina técnicas narrativas de vanguarda para contar cinematográficamente a história da vida, os amores e a falência do personagem principal. Linguagem telegráfica, técnicas de composição cubista, ironia, sarcasmo, humor, paródia,invenção verbal constroem um texto que é ‘o quadro vivo de nossa máquina social’ , nas palavras de Machado Penumbra, prefaciador e personagem do livro”. Segundo alguns críticos “esta obra sofreu vários desmontes conforme as citações do próprio autor "chapas fotograficamente batidas de estados de espírito e de ação", onde domina o "divertimento estilístico que procura a poesia e realiza o ritmo". Foram diversificados os procedimentos empregados nessa incansável busca da forma adequada deste divertimento estilístico, até alcançar a modernidade.João Miramar pediu auxílio à linguagem e bem-humorada o mundo provinciano do cinema para criticar de forma precisa e medíocre a pequena burguesia. É sobejamente conhecido, depois das análises de Antônio Cândido, Mário da Silva Brito e da publicação das suas Memórias, os lances autobiográficos desta narrativa crítica.A permanência de Oswald na Europa, em 1912, mudou drasticamente a sua visão de mundo: "Tinha-se aberto um novo front em minha vida (...). A Europa fora sempre para mim uma fascinação Tudo isso vinha confirmar a idéia de liberdade sexual que doirava o meu sonho de viagem longe da pátria estreita e mesquinha, daquele ambiente doméstico, onde tudo era pecado (...). Apenas tinha uma nova dimensão na alma, conhecera a liberdade" (Um homem sem profissão. R.J., Civ. Brasil. 1972).”. Essa linguagem própria afeta toda a estrutura da obra. Para William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães refletem sobre a linguagem na p. 444:
“Quanto à construção dos textos, a linguagem criada por Oswald – nova, então, entre nós – caracteriza-se pela síntese, pelas rupturas sintáticas e lógicas, pelas imagens bruscas, pela fragmentação e, às vezes, pela técnica dadaísta do ready-made.”.

Características Estruturais da Obra:
1. Texto composto sob influência guerra;
2. Marcado pelas Vanguardas européias;
3. Estilo Telegráfico;
4. Prosa Cinematográfica;
5. Texto composto sob influência futurista/cubista/dadaísta;
6. Poema Síntese do Flash Fotográfico;
7. Ruptura com as regras da gramática;


Referência Bibliográfica:
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens. Volume Único, Ensino Médio, 2ª Edição,São Paulo, 2005. Editora Atual.
INFANTE, Ulisses. Textos: Leituras e Escritas. Volume Único, Ensino Médio, 1ª Edição, São Paulo. 2006, Editora SCIPIONE.
http://www.unicamp.br/~boaventu/page19e.htm



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