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Células-Tronco: Tecnologia e Ética.
(Marcos Pivetta)

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Células-Tronco: Tecnologia e Ética.

Em 1998, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, isolou e desenvolveu pela primeira vez em laboratório uma linhagem de células-tronco extraídas de embriões humanos. Foi um feito técnico e um problema ético para a pesquisa biológica. Feito, porque os estudos das células podem, em teoria, levar a melhorar tratamentos ou à cura de doenças se devidamente cultivadas, as células-tronco embrionárias podem dá origem a todos os tipos de tecidos do organismo que cercam a matéria-prima de novas terapias. Problema, porque o fato de obtê-las ofende crenças e convicções de parcelas da sociedade e, em alguns países, também as células embrionárias são retiradas de embriões que, ao ceder este material, tornam-se inviáveis.
Desde então, em várias partes do mundo, há um embate moral e jurídico entre os defensores e os opositores desse tipo de pesquisa.
Em março de 2005, foi sancionada a lei de biosegurança. Essa lei autoriza pesquisa com células-tronco embrionárias humanas, mas sem dar “sinal verde” para a chamada clonagem terapêutica, procedimento permitido, por exemplo, no Reino Unido e na Coréia do Sul.
Nos últimos anos, enquanto os trabalhos com células-tronco embrionárias de origem humana permanecem vetados no país, os cientistas Brasileiros fizeram o que a legislação permitia; desenvolveram linhas de pesquisa com células-tronco embrionárias de animais diversos e células-tronco adultas humanas retiradas de tecidos adultos, em geral, da medula óssea e do sangue do cordão umbilical. Os estados tinham, basicamente, o intuito de entender e controlar “in vitro” os mecanismos de divisão e diferenciação das células-tronco.
Não há evidências irrefutáveis de que células-tronco adultas podem exigir a mesma plasticidade das embrionárias. Mas, a cada dia, descobre-se que elas podem ser extraídas de mais tecidos maduros do que se pensava e se diferenciar numa maior quantidade de tecidos. Talvez elas possam ser a base para tratamentos de algumas doenças, como problemas cardíacos, ortopédicos e odontológicos.
Menos versáteis que as células embrionárias, as células-tronco adultas têm uma vantagem: parecem ser mais seguras. Nas terapias experimentais são injetados nos pacientes células-tronco extraídas, em geral, deles mesmos. Isso elimina o risco de rejeição de material implantado e reduz a ocorrência de outros problemas, como surgimento de tumores, fato verificado em pesquisas com camundongos.
Por isso, nenhum grupo sério de pesquisa cogita, no curto prazo, aplicar uma dose de células-tronco embrionárias em seres humanos. Nos próximos dois ou três anos, os resultados mais animadores, em termos clínicos, deverão sair de experimentos com possíveis terapias baseadas em células-tronco adultas, percorrendo um caminho mais cauteloso.

Adaptado de Pivetta, Marcos. Células-Tronco. Pesquisa FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Abril de 2005, nº 110, p. 28 – 33.



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