Resumo de CPMF X Saúde - Cleber de Oliveira Junior

CPMF X Saúde A CPMF ou imposto do cheque, como ficou conhecida a taxa criada para resolver um dos mais graves problemas nacionais, arrasta-se por anos a fio, recolhendo dos bolsos dos brasileiros e brasileiras, valores significativos, que geram receita bilionária aos cofres públicos. No entanto, enquanto para os governos, a taxa cobrada se torna fundamental, a saúde definha, deixando a população a mingua, e o que é pior, sem direito a defesa. Assim, vamos todos acreditando em “saci pererê”, sem direito à dignidade. Reclamar para quem? Não, de nada adianta afinal as filas dos hospitais públicos mostram a realidade. Os cidadãos e cidadãs, que pagam impostos, trabalham de sol a sol, são assaltados e seqüestrados, assistem a todo instante, cenas de guerra em uma das maiores cidades do País, onde traficantes impõem a lei do tiro a esmo e inauguram sem cerimônia, o “trem bala brasileiro”, frustram-se diante do corporativismo dos políticos corruptos, que salvam suas peles defendendo a absolvição da impunidade e da improbidade, e não encontram resposta ao eco das vozes que clamam por respeito. Triste, vergonhosa, mas real a guerra, não entre traficantes e policiais, essa já completamente absorvida pela população, atônita diante da falta de segurança imposta, diga-se, pela falta de estrutura das polícias. Não entre bandidos e sociedade, até porque são tantas as inversões, que ninguém mais sabe se a honestidade e a retidão de conduta são valores intrínsecos de moralidade e decência. É revoltante, é humilhante ver milhares de cidadãos e cidadãs, implorando por dignidade, clamando por justiça, mendigando um mínimo de decência no atendimento ás suas necessidades básicas de saúde e vida digna. Enquanto eleitores depositam seus votos em busca da moralidade, da ética, da transparência, da cidadania, da soberania, da manutenção da democracia, conquistada a duras. Como seres humanos vagam sem rumo em meio aos desmandos da desnutrição democrática, que vem fazendo cada vez mais, vítimas indefesas nesse Brasil tão brasileiro, mas tão devastado pela mediocridade dos “pensadores” de chiqueiro. Desigual a luta entre esses “intelectuais” e o povo, massa falida diante do caos, que mostra ao mundo um País em desenvolvimento, mas que se apequena diante da gravidade de sua falta de rumo, que faz doer o peito, tal qual doente terminal. Não, não podemos chegar ao estado de putrefação, não podemos desintegrar como corpos jogados ao espaço, nem tampouco virarmos carvão, como as vitimas dos acidentes de avião. O Brasil precisa se impor, nós, os brasileiros e brasileiras não podemos nos envergonhar de nossa cidadania e em razão dessa dignidade, devemos exigir responsabilidades àqueles que nos devem obediência. Não podemos continuar com os papéis trocados, afinal somos nós que elegemos, que pagamos impostos, que trabalhamos para transformar este país em uma nação soberana. Os leitores podem não estar entendendo porque falei da CPMF e depois voltei à carga para as mazelas brasileiras, mas já explico. A aprovação da CPMF, defendida como primordial para a recuperação da saúde brasileira, na verdade não se mostrou eficaz, no entanto, não podemos ser acusados de quebrar o País se não for aprovada a sua continuidade, por isso defendo sua imediata aprovação. Só peço aos nossos governantes, aos nossos representantes, aos senadores e deputados federais, que defendam com a mesma autoridade, com a mesma serenidade, com a mesma responsabilidade, com a mesma veemência, com a mesma determinação, com a mesma dignidade, com a mesma sobriedade, com a mesma vontade, com a mesma ética, com a mesma moral, enfim, com a mesma postura ilibada, a simples, porém definitiva e verdadeira transparência nas ações que norteiam os votos para apurar a imoralidade que transita sob os macios tapetes do nosso querido Congresso. Feita essa pequena reparação, podemos ter a mais absoluta certeza, que a aprovação da continuidade da CPMF, vai ser enfim voltada à recuperação da saúde e, sobretudo a valorização da cidadania, que certamente vai trazer de volta a dignidade do povo brasileiro.

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