Caro Amigo - Carta 1
(Rubens E. M. Novaes)
“Caro Amigo: Carta 1 ” 06
Eu o vi deitado em seu leito, um homem que se achava já ter vivido o suficiente número de experiências nesta vida, que enxergava bem mais além do horizonte, que se julgava talvez sábio, mas a vida lhe preparou mais uma surpresa. Uma lição, dura desta vez e de forte impacto, porém proveitosa se assim souber vivê-la, ele que sempre entrou com o coração à frente de tudo que fazia às causas verdadeiras.
Estava triste, parecia angustiado, vi que uma lágrima escorria em sua face, estava realmente sentido, mas vacilei por um momento em perguntar se, a lágrima era de saudades, de vergonha ou de solidão. Só sabia que era sofrida, uma lágrima deveras triste.
Aproximei-me dele para verificar o porquê daquela lágrima caída, talvez fosse por uma carta recebida, enfim decidi ouvir o que ele tinha a dizer.
Disse-lhe: amigo, estou aqui se precisar de mim, sempre o apreciei como ser humano, o conheço desde há muito tempo, muito mais do que imagina. Conheço a sua bondade, suas intenções, melhor do que você, ainda que duvide, continuarei ao seu lado em suas decisões, por mais errado que possa estar. Mas não se preocupe porque sempre estarei lhe avisando antes das coisas acontecerem, tenho minhas maneiras de fazê-lo.
Vim para lhe dizer que tenho observado a sua busca, no equilíbrio do espiritual e o material, entre a razão e a emoção, que você preza as pessoas bem mais do que simples aparências, que não lhe apraze a forma de atuar de maneira coletiva como a sociedade impõe.
Que em tudo que você faz no dia a dia, questiona se isto ou aquilo trará felicidade, refletindo e, portanto ajudando a si mesmo numa melhor decisão. O ato de se questionar faz com que você use uma poderosa ferramenta para sua própria avaliação.
Oh! Jovem alma, eu sei que quando você aborda escolha nesta vida, têm na mente fundamentado, que o que estamos procurando é a felicidade e, para tanto você renuncia a situações que levam a prazeres destrutivos.
Certa vez me contou o quanto apreciou um pôr-do-sol, que ao final da tarde esse sol poente emitiu uma intensidade de luz alaranjada contrastando com o céu azulado, a iluminar sua imaginação e, inundou de satisfação interior sua inspiração.
Verdadeiramente me confessou momentos de grande prazer em sua vida, que recebeu muito dos recados que lhe enviei e, se distraiu em outros, mas agora, qual é o motivo desta tristeza?, gostaria de saber.
Então, não há motivo para tal, estou aqui a fim de ajudar-lhe, dar conforto, consolar, digo, se assim aceitar esse amor que tenho por você, afinal de contas, para que serve um verdadeiro Amigo?
Essa desilusão que está passando, que tanto o decepcionou, que até mesmo o angustiou, a partir do momento que conversar comigo, você verá que os problemas pertencerão ao passado.
Amigo, lhe digo, não deixe essas chateações, aborrecimentos e até mesmo as injustiças avassalarem sua alma ou fragilizarem ainda mais essa frágil existência terrena, porque assim não estará deixando lhe amargurar com situações temporárias no caminho a trilhar pela breve passagem desta vida.
Outro dia estava lhe esperando para conversarmos e dizer quantas coisas boas tenho para lhe dar de presente, mas você estava ocupado, vi que estava na Côrte e assisti as pessoas lhe julgando. Não sabiam elas que, não é por acaso que Sou seu amigo!.
Interferi ao meu modo, protegendo-lhe para não lhe incomodarem, vi que estava sendo julgado por seus irmãos, mas não se preocupe porque direi a eles que conheço bem suas aspirações, seus desejos e melhor ainda, seu doce coração. Afinal quem são eles para julgar?
Desculpe-me, mas agora tenho que ir e quando precisar de mim é só me procurar, me chamar que estarei lhe esperando e contente ficarei por poder estar mais uma vez ao seu lado, do seu sempre e eterno Amigo, Jesus Cristo.
Rubens Martins Miami, 21/Agosto/01.
São Paulo, 23 de Outubro de 2007.
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