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Análise de Cem Anos de Solidão
(Gabriel Garcia Marques)

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Cien Años de Soledad, título original, foi escrito durante a década de 60 e publicado pela primeira vez em 1967, sendo considerado um marco na literatura latino-americana. O livro conta a história da família Buendía, desde a fundação de Macondo, se estendendo durante cem anos até a morte do seu ultimo descendente. O narrador ainda na primeira página diz: “O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo.” Assim, o que começa sem ter nome acaba adquirindo-o ao longo dessa mágica história que mescla magia, paixão, ciúme, revolução, luta, sabedoria, solidão. Assim, podemos dizer que o autor rompe com o tradicional e não usa um só protagonista em sua história, mas vários. Pois, toda a família Buendía bem como alguns “amigos”, Pilar Ternera, representam o “pluriprotagonismo” apresentado na trama. Segundo a definição de personagem de Roland Barthes podemos classificá-los também como: redondos. Deste modo, os mesmos são capazes de surpreender, mudam de acordo com as situações, são profundos, têm problemas, etc. Além disso, ainda é possível defini-los por “reais ficcionais”, pois são capazes de remeter a pessoas e acontecimentos da vida real , sem necessariamente representá-los fidedignamente. Como existem vários protagonistas a história não possui uma ação, única, principal. Sendo assim, temos ações principais de acordo com os personagens: Aureliano frente ao pelotão de fuzilamento expressa, muito bem, um fato ação ou situação deste frente o livro. O momento, único do personagem, não representa a ação principal da teia de fatos consecutivos e opostos da qual a trama e tecida. Já em relação ao tempo, Cem anos de solidão possui quatro tipos diferentes: cronológico, histórico, tempo do discurso e psicológico. O primeiro é definido pelos 100 anos da existência da família Buendía em Macondo, o segundo começa com a construção da aldeia –quando os objetos careciam de nome- e estende-se por todas as descobertas e surgimentos até a chegada do telefone; o terceiro, o tempo do discurso escolhido pelo narrador, possui anacronia -alteração temporal- são utilizados o recuo a acontecimentos passados: analepse, e a antecipação de acontecimentos futuros: peolepse; agora, por ultimo temos o tempo psicológico, vivido ou sentido pelos personagens e que flui de acordo com o estado de espírito dos mesmos, muito utilizado pelo narrador, principalmente em relação a personagem Úrsula. Finalmente, o livro possui um narrador o qual podemos classificar como heterodiegético com focalização onisciente. Isto significa que apesar de não participar diretamente da história, ele se encontra numa posição de transcendência, conhece toda a trama e é capaz de manipular o tempo, devassar os personagens – conhecer seus pensamentos, sentimentos, ações. Assim, o tempo psicológico está ligado ao tipo de narrador onisciente, capaz de conhecer todo o interior dos personagens. Logo, o livro possui elementos singulares em sua construção. Não somente por não haver um único protagonista, mas também por o narrador dar leveza e naturalidade ao texto.



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