Como se deve reagir ao excesso de informações disponíveis
(Politica para Políticos)
Como se deve reagir ao excesso de informações disponíveis
As eras são longos períodos nos quais vigora uma característica predominante do modo de produção . Assim, por exemplo, na era medieval a produção era essencialmente agrícola. Em meados de 1800 novas técnicas de produção foram surgindo com a utilização de máquinas que passaram a substituir o trabalho humano e, desse modo, começava a era industrial. De 1980 a 1990, houve um grande avanço na tecnologia de comunicação e o político tem de estar preparado para os desafios desta nova era Nas últimas décadas do século passado, 1980 e 1990, houve um grande avanço na tecnologia de comunicação com o aumento das transmissões via satélite e surgimento da Internet. De lá para cá passamos a viver na era da informação. Por que era da informação? Porque existe uma super oferta de informações. Mecanismos de difusão da informação Sem dúvida a televisão e a Internet são os principais veículos de transmissão de informação. A Internet é um fenômeno recente mas a televisão nem tanto. O que mudou na televisão foi o surgimento dos canais a cabo. Há 10 ou 15 anos os aparelhos de televisão eram fabricados com um seletor de canais redondos e com opção de 6 ou 7 canais. Naquele tempo era possível saber em instantes a programação que passava em todos os canais. Com o advento da TV a cabo há uma oferta de 50, 60 ou mais canais. Ficamos sempre com a impressão de, ao optar por um canal, perder alguma programação interessante que esteja passando nos demais. Já a Internet possibilita a comunicação com qualquer parte do mundo em tempo real dispensando muitas vezes a leitura da imprensa escrita (jornais e revistas). Quase sempre os mesmos conteúdos são encontrados nela a qualquer momento e em muitos casos, de modo mais econômico. Nesse cenário o político muitas vezes é cobrado a responder assuntos sobre os quais não tem informação porque não leu determinado jornal, não entrou em algum site, não assistiu ao documentário que passou no canal x ou y. O fato é que, de modo geral, o eleitor não perdoa a desinformação, o que torna cada vez mais necessária a utilização de critérios na escolha da informação.
Para o político que atua no âmbito municipal certamente o que os eleitores mais podem cobrar é que, o vereador, prefeito ou secretario municipal esteja por dentro dos assuntos do seu município, seja o acidente que ocorreu na rua tal por causa de um buraco no asfalto, seja o casamento da filha dessa ou daquela família, enfim assuntos locais. Neste caso os principais veículos de informação são jornais de circulação e as estações de rádio comunitárias, o que se encontra tanto em grandes centros urbanos como em pequenas cidades do interior. Os deputados estaduais, governadores e secretários de estado são cobrados pelos eleitores, tanto a respeito de informações de âmbito estadual, como questões relacionadas aos municípios ou regiões. Para deputados estaduais e secretários de estado as cobranças eleitores muitas vezes estão relacionadas a um aspecto específico. Por exemplo, a ocorrência de geada ou seca que prejudicou esta ou aquela cultura no município ou a falta de merenda escolar, o crime violento na pacata cidade "y", etc.
Essas informações tanto podem ser recolhidas de recortes de jornais ou via Internet. Para o governador de estado a necessidade de informação é maior porque há mais cobrança dos eleitores. Obviamente o governador não tem condições de saber tudo o que ocorre no seu estado e na sua administração.
Quando for possível, o governador pode cobrar de seus assessores a elaboração de um boletim diário resumindo as notícias de seu estado. Para os políticos que atuam no âmbito nacional, deputados federais e senadores, as exigências de informação dizem respeito ao país, ao estado e ao município ou municípios que formam sua base eleitoral.
Para aqueles deputados ou senadores que tiverem escritórios políticos no estado e num ou outro município, uma boa dica é incumbir sua assessoria localde organizar recortes de jornais em pastas e por assunto, para que o político possa ler quando estiver em visita às bases.
Entretanto o político, em qualquer que seja o âmbito de sua atuação, deve estar sempre atento a acontecimentos que, embora ocorrido em lugar específico, rapidamente adquire dimensões globais e exige que o político esteja apto a esboçar sua posição para os eleitores. Esses acontecimentos tanto podem envolver questões ambientais como a morte de uma baleia, o vazamento de algum navio petroleiro, a emissão de gases tóxicos por uma fábrica, como questões morais como a prática de eutanásia em algum paciente em estado terminal num hospital americano ou europeu, etc. Em fim, não há mais fronteiras para fatos e informações. É preciso ser criterioso e sistemático, selecionando informações relevantes para sua área de atuação mas estar atento para assuntos que possam exigir seu posicionamento.(Jerson Aranha).
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