Spiegel im Spiegel
(AlfredoVotta Junior)
Spiegel im Spiegel
Penso mais do que escrevo e escrevo menos do que falo. A ordem deve ser esta (pensar, escrever e falar), no que concerne aos excessos que me preocupam. Entretanto, é com freqüência que acabo não escrevendo ou não falando. Não pensar é coisa que me acontece com mais raridade; se numas horas eu agradeço por isto, noutras eu desejaria ser um pombo de catedral.
Tenho dado às minhas falas títulos de coisas que escuto, outro dia chamei de D.960 o que escrevi, e hoje me olho brevemente no espelho ao dizer Spiegel im Spiegel.
Spiegel im Spiegel é toda lentos harpejos ao piano, com notas simples ao violino a mover-se sempre por grau conjunto. Não se pulam degraus da escada, este é o ponto. Serenidade imensa, tranqüilidade grande sem que se esmague o coração.
Digo, e quero fazer bem com o que digo, que é importante escutar a música interior.
Estou recolhendo observações conforme eu as encontro, as que encontro conforme eu caminho, o caminho que caminho depois da minha dor de cabeça. Por isto a hesitação, por isto certa secura. Mas sempre, sempre sem que se esmague o coração.
P.S. Cantus in memoriam Benjamin Britten não é triste. É simplesmente in memoriam. E que coisa palpável. Poucas vezes se pensa que uma memória possa ser algo tão palpável.
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