Resumo de Como é bom viver -uma experiência de vida

Tromboembolismo pulmonar-uma experiência pessoal
Em 17 de setembro fiz uma cirurgia de apêndice. Minha ginecologista que me operou. Por que a ginecologista? Porque simplesmente eu havia sido internada para fazer uma cirurgia de extração de uma das minhas trompas. Ela estava entupida. A surpresa que na realidade eu considerei um presente divino, veio na mesa de cirurgia. Na trompa? Apenas um cisto que foi retirado, junto com o apêndice, e ela ficou lá, no seu lugarzinho devido.
Maldito seja o pós operatório...não vou negar. Abriram como se fosse uma cezaria (É com “s”?) Sentar, levantar, deitar...ai como doía! Em tese minha recuperação vinha sendo excelente. Duas semanas depois fui ao gastroenterologista, saber se estava tudo bem com meu intestino. Ele pediu uma tomografia de abdome. Como ele ia viajar para o exterior, pedimos que fosse feita com urgência e o laudo feito com mais pressa pelo laboratório.
Dia 05 de outubro de manhã, fui ao laboratório com meu tio fazer a tal da tomografia. Com a urgência, a médica da tomografia disse que o laudo e resultado do exame ficariam prontos uma hora após o mesmo. Para passar o tempo, após fazer o exame, fomos caminhar no shopping center próximo ao laboratório.
Até pensei em comprar um par de sandálias novas, afinal eu estava no pós cirúrgico e no dia seguinte eu tinha o casamento de uma das minhas melhores amigas.
Quando estávamos voltando para o laboratório, tocou meu telefone celular, era meu médico, o gastro: - Lutadora, a médica do laboratório acabou de me ligar. Teu intestino está ótimo, não detectaram qualquer probleminha nele. Mas você está com um problema sério no pulmão, precisa internar agora.
Desabei. Chorei. Esperneei. Voltar para o hospital em menos de 15 dias. Passei o telefone para meu tio. Já não conseguia falar. Eles acertaram os últimos detalhes da minha internação. UTI. UTI. Unidade de Terapia Intensiva. Como essas três letras assustam. Embolia pulmonar. 3 dias na UTI recebendo o que eles chamam de Eparina na veia, um remédio anti-coagulante. Mais 3 dias na semi-intensiva, sem a tal da Eparina na veia, mas foi quando começaram as injeções na barriga. Duas vezes por dia, todos os dias. No total, 11 dias de internação. Os coágulos no pulmão se dissolveram, eu estou bem, alguns dias me sinto mais cansada. Tudo dentro do esperado.
Mas o que ocasionou? Não sabem. Estou proibida de tomar pílula anticoncepcional. Perguntaram se eu fumava, não, não fumo. Podia sim ser um trombo que surgiu da cirurgia, mas nada preciso. Mas estou viva. E nunca estive tão feliz por isso. Estou tomando remédio anti-coagulante.
Terei que tomar em média por uns três meses. Meu médico que disse que minha recuperação foi recorde. Estou parecendo donzela, se fico com a pele um pouquinho mais prensada...fica roxo! Mas como é bom saber o quanto a medicina evoluiu e como sou agradecida de ter descoberto isso bem no comecinho e estar viva, de saber o quanto sou querida, e o quanto é maravilhoso viver.

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