Conspiração Divina
(Dallas Willard)
Conspiração Divina Dallas Willard Por que ler um livro de filosofia, e com mais de 400 páginas, que certamente vai mudar consistentemente o modo como você vivencia a sua fé, podendo até mesmo abalá-la de forma drástica? Vale a pena correr esse risco? Dallas Willard tem a relevância de Deus em nosso cotidiano como tema preferido em seus livros. Baseados em Jo 3.16, a grande maioria dos cristãos não têm nenhuma dúvida que, se crerem em Jesus, terão vida eterna, ou seja, “um lindo, lindo lar celestial”. É fácil (e até conveniente) entregar o nosso futuro nas mãos de Deus. Mas será que temos a mesma disposição de confiar a ele também o nosso presente? Neste ponto, muitos cristãos têm dificuldade, preferindo ter a Jesus como Salvador, mas fazendo dele um mestre ausente na igreja. Quando Jesus falava de vida eterna ele estava pensando somente no pos-mortem? Ele se fez homem em um país pequeno, sem grandes expressões, colônia romana em sua época, teve como pai um profissional liberal carpinteiro, teve uma família de classe média, ou seja, nada diferente de nenhum de nós. Nesse ambiente simples e comum, viveu a vida eterna em sua plenitude, deixando uma mensagem de que qualquer um de nós poderia vivê-la sem maiores problemas. Mas não é isso que estamos fazendo hoje. Como Willard diz, vivemos o evangelho da administração do pecado, onde os cristãos não são perfeitos – são apenas perdoados. Este fato é responsável pelo fato de a igreja estar tão fraca e exercer cada vez menos impacto em nossa cultura. Neste ambiente, a transformação de vida e do caráter simplesmente não fazem parte da mensagem de redenção (lembre-se: basta crer em Jesus que terá o futuro garantido no céu), e a fé tem pouca influência sobre a vida. Alguém já recebeu algum ensinamento de como amar aos inimigos? A mensagem cristã atual trata exclusivamente de como administrar os pecados, e ouvimos o que Cristo disse e tentamos realizá-lo. Mas será que não temos bastante espaço para crescer além se sermos apenas perdoados, mesmo sem ser perfeitos? A verdadeira fé não consiste em tomar os ensinamentos de Jesus e experimentar realizá-los pela nossa própria determinação. Tentar cumprir o sermão do monte com nosso próprio esforço é simplesmente um esforço frustrante. Na realidade, o Filho de Deus está em nosso lado injetando sua vida eterna (zoe) em nossa vida natural (bios) Algumas coisas até podemos fazer com nosso empenho, em nossa energia isolada. Podemos fazer mais ainda com a energia mecânica, elétrica ou atômica. Mas tudo isto é muito pequeno em comparação com o que podemos fazer se agíssemos em união com o próprio Deus. Um imenso poder criativo e transformador é liberado em nossas vidas. Sempre que o homem estabelece uma relação das pessoas com maior sabedoria, Jesus nunca é citado. Parece que os pensadores modernos e profissionais da atualidade têm muito mais a nos dizer que o próprio Filho de Deus. Com isso, uma porta é fechada (talvez a única) para a solução dos problemas pessoais e coletivos da humanidade. Mas o autor insiste na simplicidade dos ensinamentos de Jesus, e segue mostrando a manifestação desta vida eterna que ele quer ministrar a nós através destes ensinos. Discorre sobre relações interpessoais, oração, evangelização e discipulado, motivações, e até mesmo sobre a marcha para a eternidade. Desta forma, o autor segue sua trajetória de uma maneira tão grandiosa, e produzindo em nós uma insatisfação ao percebermos o livro terminando, que nos dá vontade de lê-lo várias outras vezes. Realmente, andar com Deus e receber de sua vida eterna é algo que precisamos sem demora.
Resumos Relacionados
- A Páscoa
- O Evangelho De João/marcos/lucas/mateus
- Bons Cristãos, Igreja Mais Santa
- A OraÇÃo Sacerdotal De Cristo
- Deus O Ama
|
|