Camões - Poeta Sem Igual
(Anfi)
Luís Vaz de Camões, Poeta Nacional, data de nascimento desconhecida. É conhecido em Lisboa em 1525 e morre a 10/06/1580. Tem remota ascendência galega, ramificada por Coimbra, Alenquer e outras povoações, ignorando-se a terra onde nasceu.
Acredita-se que terá estudado na universidade de Coimbra, onde seu tio, D. Bento de Camões, era Chanceler.
Sendo cavaleiro-fidalgo da casa real, e provavelmente, perceptor do filho do Conde de Linhares, terá convivido em Lisboa com personagens impatentes da corte.
No combate em Ceuta perdeu um dos olhos.
E Lisboa, com uma ida boemia, numa procissão do Corpo de Deus, feriu gravemente o funcionário da corte Gonçalo Borges sendo por isso preso.
Com a sua libertação a 1/3/1533, dá-se o embarque para a Índia, tendo chegado a Goa em 15/09/1553.
Foi soldado nas armadas que patrulhavam as costas do Malabar, Mar Vermelho e Golfo Pérsico.
Chegou às Molucas em 1555e e 1557/1558 à China, onde teve o cargo de provedor dos defuntos e ausentos. Após o naufrágio no Tonquim regressou a Goa em 1560, onde esteve preso. Ali foi amigo do vice-rei D. Francisco Coutinho, conde de Redondo, e o cientísta Garcia da Orta.
No seu regresso a Portugal, Diogo do Couto, encontrou-o em 1567 em Moçambique, na pobreza, vivendo da boa vontade de amigos. Em 1569 chega a Lisboa e em 1572 publicou “Os Lusíadas”.
D. Sebastião concede-lhe então, uma tença anual de 15 000 reis, em atenção ao poema e aos serviços por si prestados na Índia.
Em vida, à excepçãoda epopeia nacional, Camões publicou 3 poemas líricos e preparou um volume de obras líricas sob o título de “Parnaso”, a que se perdeu o rasto.
De estrutura e estilo vicentinos, embora sob influência do teatro clássico dos seus três autos- “Anfitriões”, “Filodemo” e “El-Rei Seleuco” -só vieram a ser conhecidos os dois primeiros em 1587, integrados numa obra colectiva compilada por Afonso Lopes, e o terceiro em 1614.
Os poemas líricos, distribuídos por vários cancianeiros manuscritos, foram compilados em edições sucessivas mais ou menos criteriosas
As mais antigas (de 1495, 1598 e 1616), são bastante duvidosas no que respeita a saber o que realmente pertencia a Camões
Só a partir de 1897, com Guilherme Stock e Carolina Michäelis, e depois com João Maia Rodrigues, Hernani Cidade e Costa Pimpão, se tem procurado a reconstituição crítica do texto original de Camões.
O poema épico “Os Lusíadas” é considerado o maior monumento literário da língua portuguesa, pois reflecte toda a história e cultura de Portugal, usa uma linguagem em que os elementos clássicos e modernos se fundem, ampliando o poder expressivo do português.
A “Lírica” camoniana é também de uma riqueza sem igual, havendo quem defenda que chega mesmo a superar “Os Lusíadas”. Nela se reflectem a tradição peninsular, e os códigos do petrarquismo e do neoplatonismo. A herança poética por ele assimilada, aperfeiçoada e superada, deu-lhe uma construção lírica muito pessoal, cujas formas de conteúdo e de expressão, de cunho maneirista, abrem caminho ao barroco.
A sua obra, tanto épica como lírica, constitui uma das mais altas manifestações do espírito português e, transformou-se numa das constantes mais ricas da cultura portuguesa, atingindo o padrão intemporal das grandes obras da literatura universal.
“As armas e os barões assinalados
Que a Ocidental praia Lusitana...”
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