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O Mal-estar na Civilização
(Celma W. Lima; Sigmund Freud)

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Poucas obras rivalizam com esta no tocante a tentar entender e atacar o problema de lidar cientificamente com os sentimentos de forma profissional e prática, haja vista não ser uma tarefa fácil. A idéia de que toda a história das lembranças psíquicas de uma vida esteja preservada em algum ponto do órgão cerebral e ainda a idéia de um vivo desejo de conhecer os seres humanos, que absorvidos na busca incessante da felicidade, encontram “remédios” que os ajudem a suportar a realidade da vida, move essa leitura. Freud, acredita que o propósito da vida é simplesmente o programa do princípio do prazer, que domina o aparelho psíquico interferindo em seu funcionamento. Mostra que uma pessoa se torna neurótica por não poder tolerar a frustração que a sociedade lhe impõe, a serviço de seus ideais culturais, inferindo-se disso que a abolição ou redução dessas exigências resultaria numa possibilidade de felicidade. Temos uma sociedade formada por pessoas que se agrupam com um sentimento indissolúvel de ser uno com o mundo externo como um todo. Na vida humana haverá sempre conflitos entre a forma como a vida se apresenta para cada um. Na grande maioria das vezes a vida é árdua demais proporcionando muitos sofrimentos e decepções. Assim são criadas medidas paliativas com o fulcro de suportá-la, fazendo construções auxiliares. As satisfações substitutivas fazem com que extraiamos luz da desgraça que aumentam as substâncias tóxicas capazes de nos tornar insensíveis a dor, tornando esse subterfúgio indispensável para a vida. A religião encontra lugar nessa tentativa de ser feliz e assim permanecer buscando e encontrando um propósito para a vida. As nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa apropria constituição. Já a infelicidade é muito mais fácil de experimentar. Há três formas constantes de sofrimento que sobrevém ao homem: Ao chegar inopnadamente a decadência do corpo com o passar dos anos, condenado à dissolução advinda da velhice , trazendo uma enorme dor ao homem. Outra forma é o mundo externo que pode a qualquer momento voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas que fogem totalmente ao controle humano e ainda o fator das frustrações causadas pelos relacionamentos com outros seres humanos, sendo essa última fonte o sofrimento mais penoso de todos, sendo encarado, na maioria das vezes como um espécie de acréscimo gratuito e inevitável a que todo ser humano está exposto ao relacionar-se afetivamente com os outros. A afirmação de que a realidade é a única inimiga e a fonte de todo sofrimento, com a qual é impossível viver, tornando impossível ser feliz sem romper totalmente com essa realidade dura e com todas as relações que a formam, faz com que sejam criados mecanismos de fuga. Um deles pode ser o da tentativa de recriar o mundo, construindo em seu lugar outro mais adequado aos nossos próprios desejos, sendo esse um caminho solitário na maioria das vezes. O mais comum é cada um de nós tornarmos-nos um tanto paranóico corrigindo alguns aspectos do mundo que nos é insuportável. O poder superior da natureza, a fragilidades de nossos próprios corpos e a inadequação das regras que procuram ajustar os relacionamentos mútuos dos seres humanos na família no Estado e na sociedade é a grande questão do porque é tão difícil para o ser humano ser feliz. Reconhecimento do amor como um dos fundamentos da civilização faz um desvio no assunto proposto no texto mas traz a idéia de que a felicidade é parcialmente encontrada na descoberta feita pelo homem do prazer, do amor sexual,que proporciona experiências de satisfação. Isso fez o homem tornar-se depende de uma forma muito perigosa do seu objeto amoroso escolhido, expondo-se assim a um sofrimento extremo e incontrolável caso seja rejeitado por esse objeto de prazer eleito, ou caso venha a perdê-lo por infidelidade ou pela morte. Os sábios nos advertem quanto a escolha desse modo de vida, mesmo assim é um modo de vida bem atrativo para um grande número de pessoas. O amor sexual constitui um relacionamento entre dois indivíduos, no qual um terceiro só pode ser perturbador, vindo na contramão da civilização que depende de relacionamentos entre um considerável número de pessoas. Quando um relacionamento amoroso se encontra em seu auge, não existe espaço para qualquer outro interesse pelo ambiente, tornando um casal em pessoas que se bastam entre si mesmos. Mesmo assim, existe um elemento de verdade por trás disso. As pessoas repudiam e negam o fato de os homens não serem apenas criaturas gentis que desejam ser amadas e que no máximo podem se defender quando atacadas. Ao contrário disso, são criaturas agressivas e essa cruel agressividade espera por uma provocação. O mal existe me nós mesmos e demonstrá-lo é apenas uma questão de ocasião.A existência da inclinação para a agressão, constitui o fator que perturba nossos relacionamentos com o nosso próximo e força a civilização a um desperdiço de energia. Os processos de avanço das civilizações não utilizam meios para inibir a agressividade que lhe é imposta pela criação de regras competitivas que visam o desenvolvimento humano. Os desejos individuais pela busca da felicidade não podem sobrepor e dominar os instinto humanos, nem os poderes divinos. A descrença em Deus produz a inquietude e se constitui na mais óbvia oposição a atitude psíquica que nos foi incutida pelo próprio processo de civilização.



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