Isto é Paixão ?
(Rubens E. M. Novaes)
“Isto é Paixão?” 09 Desde o primeiro instante em que a vi, a emoção aflorou em meu peito, como se já a tivesse conhecido em outra vida, em outro tempo e espaço. Como a queria, tinha a certeza de que havia sido feita para mim, sim, desde então sabia que seria minha. O tempo foi passando e a continuei desejando. Esse desejo superou a inibição. Nas oportunidades que trocávamos olhares, sentia que faíscas, saltavam aos nossos olhos, durante aqueles momentos. Era o sinal do amor, dessa energia a ser consumida, no fogo da paixão. Rapidamente identifiquei os sentimentos e sensações que ela possuía à flor da pele e, selecionando os melhores, os fui cultivando, pois seriam meus um dia. Esse dia chegou e, não hesitei, mas com o coração disparado e até sem palavras, nos abraçamos e embargada na ansiedade dessa paixão convidou-me a fazê-la mulher. Assim aconteceu, em mulher a tornei, para sempre me acompanhar em meus dias e em meus sonhos. Hoje fico lembrando com recordações de quando pedi um beijo, a partir daqueles gestos já não havia mais nada a falar, ah!, que deliciosas lembranças. Que boca macia. Beijos de suave contato ao roçar de nossos lábios, beijos de loucura, de aflição, beijos com desespero de paixão, de alucinação, beijos de calor e imaginação, tantos beijos!. Afagava seus sedosos cabelos quando estava deitada em meu colo, afagava com carinhos repleto de amor, que brotavam do coração. Em nossos abraços sentia o calor de seu sangue em minha pele. Nossas mãos se acariciavam, meu peito colado ao seu, minhas pernas entrelaçavam-se às dela, passávamos horas em saborosos carinhos que findavam em grande prazer. Podia sentir aquele corpo quente, grudado ao meu e abraçados queríamos que aqueles momentos não terminassem jamais. Eu sentia sua beleza poros a dentro em minha pele correndo nas veias. Ela chegou de mansinho como quem não queria nada, mas quando me dei conta percebi que pertencia a ela, pois entregue todos os meus sentimentos, havia me despido. Sentia sua respiração e à medida que nos beijávamos, se acelerava, descontrolando-a por completo. Acariciava suavemente aquele lindo corpo com perfume de mulher, debruçada magnificamente sobre seu leito, degustando o prazer. Suspirava ao magnetismo de minhas mãos, que a deixava mais sensível e com movimentos suaves, mas penetrantes, a conduzir num êxtase alucinado. Ela tentava balbuciar algumas palavras, em vão, elas já não mais formavam frases, a penas saia grunhidos de sua boca tentando dizer algo. Vem, vamos nos sentir por inteiro definitivamente. Ela queria, ela pedia, alucinadamente descontrolada e molhada de prazer. Essas carícias unidas às nossas intenções propiciavam por final, a vitória à aqueles pedidos tão carentes. Saímos vitoriosos e mais unidos desta batalha. O sabor da vitória, foi maravilhoso!. Outra vez iniciei a acariciar o seu corpo, caricias, agora, mais ousadas, caricias de carinho embargada na emoção, sua respiração, as batidas do coração se aceleravam, eu as sentia. Ao acariciar, deslizava as mãos sobre seu corpo deixando-a desnuda de suas emoções, aqueles seios fartos e rosados de rara e sensual beleza, curtíamos deliciosos carinhos. Eu os beijava e, a cada beijo ouvia sussurros de alegria, sentindo seu corpo umidecer, de suor e êxtase, eram realmente lindos e saborosos, a possuía por completo. Continuei beijando, beijando sua face, beijando aquela deliciosa boca, via umbigo deslizei rumo aos seus joelhos, tantos beijos eu dava e sua virilha até descobrir o mistério das entranhas de seu Ser, levando-a assim a um desvairado delírio. Meu corpo junto ao dela, no deleite do amor, que doçura, nos sentíamos pele a pele, nos tornávamos um único corpo num único segredo. Experimentava em entrar em seu espaço físico e mental, uma felicidade estremecedora e agonizante, dividindo nossas melhores sensações. O tempo passava e, não percebíamos, apenas nos revezávamos em carícias e de satisfação, perdíamos a noção dos limites da emoção, como nos queríamos, como nos amávamos, que paixão descontrolada. Ela me pedia mais, mais carinho é o que eu quero, e eu dava, dava muito mais do que precisava para saciar aquela paixão, suávamos amando-nos até que ela se sentisse satisfeita e repleta de amor. Quando em meus braços ela estava, eu perdia o raciocínio, as palavras não saíam e, ela falava, abraça-me forte amor porque o tempo passa e não perdoa. Passavam as horas, os dias, e continuávamos curtindo esse frágil limite entre o amor e paixão, buscando sempre conquistar experiências dignificantes aos nossos corações. Nesses doces e inesquecíveis encontros meus dedos ao deslizarem em seu dorso atingiam suas pernas, aí, um gemido era inevitável. Ela bradou, assim eu não agüento mais, vem meu amor desbravar este sertão selvagem e, com abraços fortes, com movimentos profundos desbravei seu interior explorando cada emoção que surgia nesta jornada, findando num delicioso deleite de almas gêmeas. Agonizávamos à beira da loucura entre gemidos e gritos. Quantos gritos de ansiedade escutei naqueles movimentos harmoniosos de corpos, o amor exalava pelo ar inundando minha consciência. Rubens Novaes Miami, 01-Setembro-2001 São Paulo, 25 de Novembro de 2007
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