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O nascimento da Escrita
(Breton; P; Proulx; S.)

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O Nascimento da Escrita
A escrita ideográfica era no início puramente pictográfico, evoluindo ao longo o tempo para uma combinação de desenhos. O signo determinativo acompanhava uma imagem mostrava ao leitor o contexto de sua leitura. Assim, a escrita começa a se afastar cada vez mais das representações analógicas dos objetos, talvez essa separação deva ser relacionada à recusa de representar Deus pela imagem no judaísmo e no islã.
O alfabeto teve seu início na Fenícia, mas se limitava as consoantes, o que causava ambigüidade na leitura. Somente na Grécia as vogais serão incorporadas ao alfabeto o que foi produto das transformações que conduziram à forma moderna da organização em cidades e os valores da democracia ateniense.
O signo escrito surgiu da necessidade “econômica” e continuou se aperfeiçoando em virtude destas necessidades. O poder político-econômico das grandes potências consolidou sua maneira de escrita (Grécia e Roma).
A escrita foi utilizada no início como técnica de comunicação, modificando os modos de circulação e de informações e por outro lado, o monopólio do poder , transformando as condições do exercício da autoridade e os grandes equilíbrios sociais. O que se torna contraditório já que a escrita tem a função de informar e divulgar idéias, opondo-se ao monopólio exercido pelos escribas que restringem essa retratação da mesma via de comunicação tornando sua expansão social lenta e secundária em uma sociedade dominantemente oral.
A escrita nem sempre foi por natureza uma técnica de comunicação e o curso que seguiu dependeu muito do contexto social que a orientou. Mesmo com o alfabeto grego a escrita continuou sendo privilégio de poucos e a linguagem oral continuou exercendo mais poder e persuasão que a escrita.
A retórica surgiu na Sicília, como uma reflexão sobre o discurso com a finalidade de convencer e como técnica de persuasão, nasceu para defender bens e daí começou a se refletir sobre a linguagem. Corax e Tisias foram mestres da retórica que foi fruto de um contexto de revolução social, algo que excluísse o uso da força. A retórica se constitui a base de toda exposição refletida dos argumentos. Difundiu-se rapidamente e um dos fatores foi a exigência da justiça grega de que os requerentes se defendesse pessoalmente, o que a tornou “tecnicista”; para Sócrates e Platão a retórica não era uma arte e sim apenas um empirismo. Já Aristóteles defendia um novo modo de retórica, a que auxiliava a palavra liberta de uma relação com a moral e a verdade, assim ele criou uma nova arte, a de falar em público, que só foi desenvolvida com a República romana. Foi em Roma que a oratória tornou-se uma necessidade cotidiana, conseguindo substituir a força bruta por uma política institucional de comunicação social.
A retórica acabou por se incorporar a cultura geral, dessa forma o livro começou a ser suporte de comunicação que só se desenvolveu plenamente com o Renascimento. Graças as técnicas da imprensa pode haver a expansão dos livros que expandiram as idéias humanistas, foi esse movimento intelectual que transformou o livro e deu lhe uma nova função de comunicação, já que na Idade Média era utilizado para a conservação dos textos.
A invenção da prensa só foi possível por causa dos avanços técnicos alcançados ela metalurgia e pela substituição do pergaminho pelo papel , além de tudo foi necessário para o seu grande desenvolvimento as condições favoráveis como existiam na Europa no século XV. O Renascimento fez do livro uma ferramenta eficiente de comunicação e também uma ferramenta que pode ser um objeto comercial muito rentável.
Mas o Renascimento não passou da redescoberta da cultura latina e dos processos materiais, especialmente das técnicas de comunicação. O desenvolvimento das cidades possibilitou a circulação do livro que tinha um caráter duplo de material e objeto portátil (fonte de lucro), além de difusor de idéias inovadoras para uma sociedade urbana em desenvolvimento,
O livrorepercutiu nos métodos de memorização que eram muito utilizados na Idade Média pela Igreja. Não foi apenas o livro que fez as técnicas de memorização desaparecerem, o próprio Renascimento não tinha essa necessidade e o livro estava ali para guardar os traços provisórios das produções escritas.
Com o tempo a alfabetização passou a ser indispensável, tanto na reforma (para se ter consciência dos erros que a Igreja Católica cometia em relação as escrituras sagradas), na Contra-Reforma (para persuasão para a educação e propaganda religiosa), na Revolução Francesa (para poder definir espaço privado e espaço público).
No século XIX, a comunicação social organizou-se em torno da mensagem e de sua circulação, tal como o jornal como suporte essencial de uma informação cujo valor estava atrelado a sua capacidade de circulação.
No século XX, tomou-se consciência de que a comunicação podia depender de uma técnica, passou a ser usada para construir mensagens como imagem de ideais.



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