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As tecnologias desenvolvidas desde a Revolução Industrial até aos dias de hoje, surgem sob a forma de utopias entre a imaginação e a realidade. A compreensão da influência da tecnologia e da condição contemporânea do sujeito é, a nosso ver, fundamental na Arquitectura e no Urbanismo, para a criação de espaços que se adaptem às novas exigências sócio-economicas e culturais. Esta Arquitectura, expressa a utopia dos desenvolvimentos tecnológicos. Na utopia a tecnologia é proposta como situação limite, onde a máquina e os mecanismos se tornam veículos que permitem a libertação da relação permanente e fixa com o lugar, assumindo uma relação de transitoriedade com o espaço. A relação entre pensamento utópico e Arquitectura surge como um processo de transformação do imaginário social e do espaço. As novas tecnologias tendem a transformar a nossa relação com a envolvente. O tema da utopia em Arquitectura, analisado no contexto "industrial" e "pós-industrial", trata a crença na tecnologia e nos progressos técnicos como resposta às necessidades do indivíduo e da sociedade, explorando as suas vantagens e receios. Como factor resultante da globalização das tecnologias de informação surgidas a partir da segunda metade do século XX, a dispersão pode ter-se tornado um conceito que importa abordar no campo da Arquitectura e do Urbanismo. As coordenadas arquitectónicas de espaço e tempo em constante evolução, propiciam abordagens ao tema da identidade contemporânea. Sobre o impacto da transformação dos usos da cidade importa analisar, no contexto contemporâneo, as relações entre indivíduo, espaço e sociedade.
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