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História geológica da vida
(Maria Truccolo)

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História Geológica da Vida
Lee McAlester – Editora Edgard Blucher Ltda, 1999
Comentários sobre o resumo dos capítulos 1 e 2
"No quadro geral da sua concepção, o homem é um acidente, como tantos outros. A aquisição da capacidade simbólica e o desenvolvimento da linguagem distanciaram o homem da sua natureza inicial". Começo por este trecho final do resumo condensando os dois capítulos, porque é aí que, a meu ver, se inicia o processo das psicopatologias, seja pelas condições dadas (simbolizar por meio da linguagem, de um código específico) ou pela própria denominação (simbólico, psíquico, patológico, graças à existência de um código, a linguagem).
Segundo o texto, mesmo antes do nascimento, o homem é enquadrado na cultura, por meio da iniciação no Todo, no universo primitivo - um acúmulo de conhecimento observado, revelado e, principalmente, denominado ao longo de milhares de anos. Essa filogênese e os traumas sofridos ainda na vida intra-uterina do embrião são inscritos no inconsciente (coletivo, segundo Carl Jung) e inconsciente ou Id (conforme Sigmund Freud) e se revelam nas crises psicóticas. Estas funcionariam como válvulas de escape do ser pressionado pelo enquadre da cultura (neuroses).
Como se sabe, ainda que predomine uma estrutura (neurótica, por exemplo), há em todo ser humano um viés psicótico (e vice-versa). As reações instintivas são primordiais e fundamentais como garantia de sobrevivência. Os instintos de auto-preservação foram assimilados pela cultura, e nesse enquadre normatizados em nome da civilização (e todas ideologias implicadas nisso). É nesse contexto que se pode diferenciar o normal e o patológico.
Porém, o que é normal e o que é patológico? Então, a natureza inicial (psicótica) é patológica? Ou o homem adoece devido as suas próprias normas neurotizantes? Interessante que, neste momento da história humana, querendo ou não esses pontos são questionados - quem sabe ainda muito veladamente.
A mudança de parâmetros, como o da família, que vem sendo desestruturada desde os anos 70 em relação ao que se concebeu a partir da Era Cristã (pós-queda do Império Romano), deu vazão a novas estruturas psicológicas, que não são predominantemente psicóticas nem neuróticas – a borderline é uma delas.
Essa revolução celular, porque acontece na família e se dá pela falha da interdição primordial "em nome do pai" (Sigmund Freud), parece ainda não ter sido assimilada pelos códigos sociais e culturais que ditam os "modus vivendi e operandi" atuais. As normas ainda apontam para um mundo perfeito, como comercial de margarina.
Como atualizar este quadro? O acompanhamento, pelo Estado, das mudanças processadas pelo (re)conhecimento humano, que se dá em primeiro lugar na sua fundação (a família), passa pelas políticas educacionais. Nesse caso, o Construtivismo fundado por Jean Piaget em meados do século passado foi visionário.
Até agora, me parece ser esta a única estrutura pedagógica que permite a expansão do pensamento, porque dá maior vazão ao instintual, ao intuitivo, que criam em nome da sobrevivência física e mental - como já se viu em literatura afim, há bipolares famosos, como Albert Einstein, por exemplo. A física quântica e sua tese segundo a qual toda a matéria é energia e que esta flui por campos ainda desconhecidos por nós, foi um dos grandes resultados desta busca humana, no século passado.
Enfim, já que o resumo dos textos focou em especial a evolução humana e suas impressões sobre o ser, hoje, levei em conta o momento desestruturante em relação ao que se tem de convicções sobre a "norma". Ou seja, se o ser humano mudou, parece que as leis que o regem e as normas estabelecidas pelo "outro", o Estado, estão dizendo: o problema é de vocês, nada temos a ver com isso!!!



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