Resumo de Brasil de Fato -

Guerras na África custaram o mesmo que ajuda ao continente Em 15 anos, entre 1990 e 2005, as guerras em 23 países africanos custaram 300 bilhões de dólares, o equivalente à ajuda internacional ao continente, segundo relatório da OXFAN, IANSA e ONG Saferworld. a publicação do estudo " Os bilhões perdidos na África" coincide com o encontro nas Nações Unidas para a elaboração de um tratado sobre o comércio de armas. Em 2006 153 países votaram a favor, 24 se abstiveram e os Estados Unidos votaram contra a elaboração do tratado. O relatório mostra que uma guerra civil ou uma insurreição reduz em 15% a atividade econômica do país afetado. AÁfrica perde em média 18 bilhões de dólares por ano. segundo a presidente da Libéria e ex - funcionária do FMI e do Banco Mundial Ellen Johnson - Sirleaf, essa quantia permitiria solucionar a crise do HIV/ aids, prevenir a tuberculose e a malária e atender as necessidades de água potável, higiene e educação. O estudo mostra que 95% das armas usadas nas guerras não são fabricadas no continente. A OXFAN, a Saferworld e a IANSA defendem um tratado internacional de armas que proíba a transferência de armamentos se houver possibilidade de utilização em violações de direitos humanos. O coordenador da IANSA, Joseph Dube crê que " o governo cujas fábricas produzem as armas de fogo é tão responsável como o que permite que seus navios as transportem. Os países nos quais se desebarca esse material devem se preocupar com o seu destino. se não se regula isso, o custo e o sofrimento continuarão imensos". O número de guerras no continente está diminuindo - 38% das guerras são na África, mesmo assim não haverá solução em curto prazo para países como Sudão e Somália, por exemplo. O estudo considerou as guerras nos seguintes países: Argélia; Angola; Burundi; República Central Africana; Chade; República Democrática do Congo; República do Congo; Costa do Marfim; Djibuti; Eritréia; Etiópia; Gana; Guiné; Guiné - Bissau; Libéria; Niger; Nigéria; Ruanda; Senegal; serra Leoa; África do Sul; Sudão e Uganda. Comparados a países que vivem em paz, os países africanos em conflito apresentam em média: 50% a mais de mortalidade infantil; 15% a mais de subnutridos; expectaiva de vida reduzida em 5 anos; 20% a mais de analfabetismo adulto; 2,5 vezes menos médicos por pacientes e 12, 4% a menos de comida por pessoa.

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